Exame Logo

Bovespa perde os 56 mil pontos na abertura

Os investidores globais ainda repercutem o tom mais duro da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve

Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,59%, aos 55.846 pontos, na pontuação mínima até então (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 10h43.

São Paulo - A quinta-feira começa ruim para os mercados financeiros ao redor do mundo, o que leva a Bovespa a perder o nível dos 56 mil pontos já na abertura da sessão desta quinta-feira, um dia depois de ter registrado a maior queda porcentual do ano, fechando no menor nível em três meses.

Os investidores globais ainda repercutem o tom mais duro da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, divulgada na véspera, e o pessimismo é elevado pelos dados decepcionantes sobre a atividade econômica na zona do euro.

Ao longo da manhã, serão conhecidos indicadores de peso nos Estados Unidos. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,59%, aos 55.846 pontos, na pontuação mínima até então.

O analista gráfico da Ágora Corretora, Daniel Marques, diz que o Ibovespa está muito próximo do fundo do poço, situado em uma larga região entre os 56,4 mil pontos - já abandonado - e os 55,1 mil pontos - que pode ser ameaçado nesta quinta-feira. "É o momento do ou tudo ou nada", diz.

Segundo Marques, "se a Bolsa perder essa região, a situação fica ainda pior do que já está", pois uma pontuação abaixo dos 55,1 mil pontos deixa o cenário de longo prazo para a renda variável brasileira mais tenebroso, abrindo espaço para buscar, inicialmente, os 52 mil pontos. "Perde-se, com isso, a linha da tendência de alta", completa.

E o que poderia conduzir a essa deterioração ainda maior da Bolsa é o ambiente externo. Ontem, o índice Dow Jones registrou a segunda maior queda porcentual do ano em reação à indicação do Banco Central norte-americano (Fed), na ata do encontro de janeiro publicada na quarta-feira (20) à tarde, de ser possível uma antecipação do fim do programa de estímulos econômicos nos EUA.

"O documento identificou que alguns membros do colegiado gostariam que o Fed modificasse o ritmo de compra de ativos, enquanto outros manifestaram preocupações quando o Fed passar a retirar esses estímulos", observa o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.


"O curioso", acrescenta ele, "é que isso se dá por causa do melhor desempenho da economia norte-americana, notadamente do segmento imobiliário". Com isso, passam a ganhar atenção redobrada os indicadores econômicos norte-americanos.

A agenda do dia nos EUA é forte e traz a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) e dos pedidos semanais de auxílio-desemprego; a leitura preliminar de fevereiro do índice de atividade (PMI) industrial; o índice de indicadores antecedentes de janeiro; o índice de atividade regional deste mês do Fed da Filadélfia e ainda dados das vendas de moradias usadas no mês passado.

Também está prevista a divulgação dos estoques de petróleo bruto na semana até o último dia 15 pelo Departamento de Energia (DoE).

Às 10h05, em Wall Street, o futuro do S&P 500 recuava 0,19%. Os mercados internacionais cedem também por causa de números fracos sobre a atividade econômica na zona do euro como um todo e nas maiores economias do bloco, como Alemanha e França, que sugerem que a região não conseguirá emergir da recessão no início deste ano.

O índice composto dos gerentes de compras (PMI) entre os 17 países europeus que compartilham a moeda única caiu à mínima em dois meses, a 47,3 neste mês, de 48,6 em janeiro, segundo dados preliminares.

Ainda no mesmo horário, as principais bolsas europeias exibiam perdas aceleradas, de mais de 1%, ao passo que o euro era negociado abaixo da marca de US$ 1,32. A Bolsa de Milão tem o pior desempenho entre os mercados da região, com queda de quase 3%, em razão das incertezas com o resultado das eleições parlamentares do próximo fim de semana.

Veja também

São Paulo - A quinta-feira começa ruim para os mercados financeiros ao redor do mundo, o que leva a Bovespa a perder o nível dos 56 mil pontos já na abertura da sessão desta quinta-feira, um dia depois de ter registrado a maior queda porcentual do ano, fechando no menor nível em três meses.

Os investidores globais ainda repercutem o tom mais duro da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, divulgada na véspera, e o pessimismo é elevado pelos dados decepcionantes sobre a atividade econômica na zona do euro.

Ao longo da manhã, serão conhecidos indicadores de peso nos Estados Unidos. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,59%, aos 55.846 pontos, na pontuação mínima até então.

O analista gráfico da Ágora Corretora, Daniel Marques, diz que o Ibovespa está muito próximo do fundo do poço, situado em uma larga região entre os 56,4 mil pontos - já abandonado - e os 55,1 mil pontos - que pode ser ameaçado nesta quinta-feira. "É o momento do ou tudo ou nada", diz.

Segundo Marques, "se a Bolsa perder essa região, a situação fica ainda pior do que já está", pois uma pontuação abaixo dos 55,1 mil pontos deixa o cenário de longo prazo para a renda variável brasileira mais tenebroso, abrindo espaço para buscar, inicialmente, os 52 mil pontos. "Perde-se, com isso, a linha da tendência de alta", completa.

E o que poderia conduzir a essa deterioração ainda maior da Bolsa é o ambiente externo. Ontem, o índice Dow Jones registrou a segunda maior queda porcentual do ano em reação à indicação do Banco Central norte-americano (Fed), na ata do encontro de janeiro publicada na quarta-feira (20) à tarde, de ser possível uma antecipação do fim do programa de estímulos econômicos nos EUA.

"O documento identificou que alguns membros do colegiado gostariam que o Fed modificasse o ritmo de compra de ativos, enquanto outros manifestaram preocupações quando o Fed passar a retirar esses estímulos", observa o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.


"O curioso", acrescenta ele, "é que isso se dá por causa do melhor desempenho da economia norte-americana, notadamente do segmento imobiliário". Com isso, passam a ganhar atenção redobrada os indicadores econômicos norte-americanos.

A agenda do dia nos EUA é forte e traz a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) e dos pedidos semanais de auxílio-desemprego; a leitura preliminar de fevereiro do índice de atividade (PMI) industrial; o índice de indicadores antecedentes de janeiro; o índice de atividade regional deste mês do Fed da Filadélfia e ainda dados das vendas de moradias usadas no mês passado.

Também está prevista a divulgação dos estoques de petróleo bruto na semana até o último dia 15 pelo Departamento de Energia (DoE).

Às 10h05, em Wall Street, o futuro do S&P 500 recuava 0,19%. Os mercados internacionais cedem também por causa de números fracos sobre a atividade econômica na zona do euro como um todo e nas maiores economias do bloco, como Alemanha e França, que sugerem que a região não conseguirá emergir da recessão no início deste ano.

O índice composto dos gerentes de compras (PMI) entre os 17 países europeus que compartilham a moeda única caiu à mínima em dois meses, a 47,3 neste mês, de 48,6 em janeiro, segundo dados preliminares.

Ainda no mesmo horário, as principais bolsas europeias exibiam perdas aceleradas, de mais de 1%, ao passo que o euro era negociado abaixo da marca de US$ 1,32. A Bolsa de Milão tem o pior desempenho entre os mercados da região, com queda de quase 3%, em razão das incertezas com o resultado das eleições parlamentares do próximo fim de semana.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame