Mercados

BOVESPA-Mesmo com alta em NY, índice cai com blue chips

(Texto atualizado com dados do fechamento oficial e comentários) Por Rodolfo Barbosa SÃO PAULO, 21 de outubro (Reuters) - A bolsa de valores brasileira acabou por sucumbir ao nervosismo e fechou em queda nesta quinta-feira, com a desvalorização de papéis ligados à commodities e da própria BM&FBovespa arrastando o índice, mesmo com a ligeira alta […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2010 às 18h01.

(Texto atualizado com dados do fechamento oficial e
comentários)

Por Rodolfo Barbosa

SÃO PAULO, 21 de outubro (Reuters) - A bolsa de valores
brasileira acabou por sucumbir ao nervosismo e fechou em queda
nesta quinta-feira, com a desvalorização de papéis ligados à
commodities e da própria BM&FBovespa arrastando o índice, mesmo
com a ligeira alta observada no mercado norte-americano.

O Ibovespa , principal índice do mercado de ações
brasileiro, fechou em baixa de 1,07 por cento, aos 69.652
pontos. Na máxima o índice chegou a subir quase 0,8 por cento.
O giro financeiro foi de 7,33 bilhões de reais.

Durante a parte da manhã, o Ibovespa subiu em linha com os
mercados em Nova York. Porém, na parte da tarde o mercado
brasileiro não conseguiu sustentar a alta, abatido pela
desaceleração dos principais índices de Wall Street e em meio a
uma série de dúvidas como as perspectivas de novas medidas do
governo no âmbito cambial e frente à reunião do G20, que começa
na sexta-feira.

"Esta semana estamos pior do que o mercado externo. Os
mercados estão desequilibrados, a volatilidade é grande com a
reunião do G20, é até natural, e com a promessa do governo de
tomar mais medidas se preciso os mercados ficam mais
sensíveis", afirmou o economista-chefe da corretora Ágora,
Álvaro Bandeira.

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações
conseguiram terminar o dia em leve alta, em sessão volátil.
Bons balanços corporativos ajudaram o Dow Jones a subir
0,35 por cento e o Standard & Poor's a ganhar 0,18 por
cento.

No Ibovespa, as blue chips ajudaram a levar o índice ao
vermelho. As preferenciais da Petrobras recuaram
3,32 por cento, para 24,16 por cento, enquanto que as
ordinárias perderam 2,98 por cento, para 26,68 por
reais.

As preferenciais da Vale registraram queda de
1,97 por cento, para 48,33 reais, e as ordinárias cederam 1,61
por cento, a 53,90 reais.

Mais uma vez esta semana as ações da BM&FBovespa
registram perdas acentuadas. O papel da empresa caiu 3,2 por
cento, para 13,63 por cento, e teve o terceiro maior giro do
pregão, atrás apenas das preferenciais de Petrobras e Vale.

O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse nesta
quinta-feira que levará de 15 a 20 dias para que a bolsa tenha
uma estimativa do impacto em seus negócios da elevação do IOF
para estrangeiros nas margens de garantias em derivativos,
anunciada pelo governo na segunda-feira.

Do lado positivo, a maior alta da sessão entre as ações
dentro do Ibovespa ficou a cargo das ordinárias da produtora de
celulose Fibria , que dispararam 7,68 por cento, para
28,88 reais.

Dados da Pulp and Paper Products Council (PPPC) mostraram
que os estoques globais de celulose caíram em setembro em dois
dias, para o equivalente a 32 dias de demanda. Além disso, os
embarques de celulose no mundo cresceram 14 por cento em
setembro na comparação mensal, para o maior nível desde o
começo de 2008, com destaque para a demanda chinesa.

Os indicadores da PPPC levaram analistas a descartarem, ao
menos para o curtíssimo prazo, a possibilidade de uma redução
de preços da celulose.[ID:nN2196781]

(Reportagem adicional de Carolina Marcondes; Edição de
Cesar Bianconi)

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Hapvida (HAPV3) vai investir até R$ 600 milhões em novos hospitais em SP e RJ

"O mundo está passando por um processo grande de transformação", diz André Leite, CIO da TAG

Ibovespa fecha em leve alta de olho em relatório bimestral de despesas; dólar cai a R$ 5,57

Ações da Ryanair caem quase 15% após lucro da empresa desabar

Mais na Exame