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BOVESPA-Mercado aguarda Fed para emplacar nova série positiva

Ibovespa sobe 0,5% nesta 6a-feira, a 70.673 pontos Alta em outubro é de 1,79% Fed deve anunciar ajuda à economia na quarta-feira (Texto atualizado com dados oficiais de fechamento e comentários de mercado) Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 29 de outubro (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira fechou em alta nesta sexta-feira, sustentando-se […]

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2010 às 17h29.

  • Ibovespa sobe 0,5% nesta 6a-feira, a 70.673 pontos

  • Alta em outubro é de 1,79%

  • Fed deve anunciar ajuda à economia na quarta-feira

    (Texto atualizado com dados oficiais de fechamento e
    comentários de mercado)

    Por Silvio Cascione

    SÃO PAULO, 29 de outubro (Reuters) - O principal índice da
    bolsa brasileira fechou em alta nesta sexta-feira,
    sustentando-se acima de 70 mil pontos antes de um mês decisivo
    para uma tendência positiva mais duradoura.

    O Ibovespa avançou 0,5 por cento, para 70.673
    pontos. O giro do pregão foi de 7,4 bilhões de reais.

    No mês, o índice teve valorização de 1,79 por cento, com o
    maior volume diário médio desde a criação da bolsa, segundo a
    consultoria Economática. No ano, a alta é de 3,04 por cento.

    A subida das ações brasileiras no último mês esteve
    diretamente relacionada à expectativa global por medidas do
    Federal Reserve para estimular a economia norte-americana.

    Para saber se a tendência vai continuar firme e levar o
    Ibovespa além do recorde de 73.920 pontos --registrado em
    2008--, é preciso aguardar a reunião do Federal Reserve, na
    terça e na quarta-feira da semana que vem.

    "Os mercados já têm procurado se antecipar, e isso tem dado
    um gás nos preços dos ativos de modo geral. Uma frustração
    teria um impacto muito negativo", disse Newton Rosa,
    economista-chefe da SulAmérica Investimentos.

    Pesquisa da Reuters com dealers primários mostrou que a
    expectativa é de que o Fed anuncie a compra de 80 a 100 bilhões
    de dólares em ativos por mês. [ID:nN2827264]

    "Com o mercado concentrando de forma aparentemente
    exagerada as apostas na direção de uma ação extremamente
    agressiva por parte do Fed, o potencial de frustração é
    grande", afirmou Mauricio Molan, economista do Santander.

    Além do Fed, o mercado deve continuar atento à agenda de
    indicadores nos Estados Unidos, com destaque para os dados do
    mercado de trabalho norte-americano, na próxima sexta-feira.

    ATENÇÃO A COMMODITIES

    Mas, mesmo que o banco central norte-americano decepcione o
    mercado, a eventual ajuda deve favorecer ações ligadas a
    commodities, que tendem a se valorizar nesse ambiente de
    liquidez abundante e queda global do dólar, segundo Rosa, da
    SulAmérica. Dois exemplos são a mineradora Vale e a estatal
    Petrobras, as principais da bolsa paulista.

    A ação preferencial da Vale caiu 0,31 por cento
    nesta sessão, para 47,75 reais. O papel acumulou alta de 4,3
    por cento neste mês, após distribuir dividendos e anunciar
    lucro trimestral recorde.

    "Reiteramos VALE5 como nossa 'top pick' para o segmento de
    commodities metálicas", escreveu Luciana Leocadio, da corretora
    Ativa. "Esperamos que o cenário favorável para o preço de
    minério nos próximos 3 anos, sustentado pelo desequilíbrio
    entre a demanda crescente e a oferta limitada desta commodity,
    resulte em robustos resultados", completou.

    Já a preferencial da Petrobras caiu 1,56 por
    cento nesta sessão, para 25,85 reais, e teve baixa de 5,3 por
    cento em outubro. A ação foi pressionada por relatórios
    pessimistas após a conclusão da oferta de ações, e sofreu
    intensa volatilidade nos últimos dias em meio a boatos,
    desmentidos pela empresa e pelo governo, sobre a descoberta de
    um gigantesco campo de petróleo.

    Álvaro Bandeira, economista-chefe Ágora Corretora, avalia
    que o mercado deve manter a tendência de alta, "mas com
    volatilidade". Além das ações de mineração, ele destacou os
    papéis de construção e de bancos, ligados à dinâmica interna.

    Entre as empresas que ainda divulgam balanços corporativos
    do terceiro trimestre em novembro estão Petrobras (dia 12),
    BM&FBovespa (dia 9), OGX Petróleo e Gás
    (dia 10), e Banco do Brasil (dia 16).

(Edição de Aluísio Alves)

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