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Bovespa inicia pregão em alta, com olhos nos EUA

A corrida contra o relógio dos Estados Unidos por uma solução fiscal tende a retrair o apetite por risco


	Telão da Bovespa: às 10h04, o Ibovespa subia 0,16%, aos 55.068,09 pontos
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: às 10h04, o Ibovespa subia 0,16%, aos 55.068,09 pontos (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 10h34.

São Paulo - Em dia de vencimento de índice futuro e de opções sobre índice, a Bovespa deve ter um ritmo lento e indefinido durante a manhã desta quarta-feira, 16, com os investidores reservando os ajustes finais das posições no derivativo para a sessão vespertina. Os negócios locais podem seguir descolados do comportamento dos mercados internacionais, mas a apreensão com a corrida contra o relógio dos Estados Unidos por uma solução fiscal tende a retrair o apetite por risco. Às 10h04, o Ibovespa subia 0,16%, aos 55.068,09 pontos, na máxima.

Profissionais lembram que o "jogo" entre comprados e vendidos à luz do exercício de Ibovespa futuro ganhou força nos últimos dias e esquentou de vez na terça-feira, 15, quando os investidores comprados projetaram o Ibovespa à vista perto da marca dos 55 mil pontos. "A 'briga' mudou de patamar e agora estaria entre os 54 mil e os 55 mil pontos", comenta um operador, acrescentando que, antes, tudo indicava que a disputa estava travada nos 53 mil pontos.

Esse movimento estimulou, inclusive, a compra de ações da OGX, que têm peso elevado na composição teórica da carteira do Ibovespa, por um preço barato. Aliás, a petrolífera de Eike Batista deve concentrar novamente as atenções do pregão doméstico, após a empresa ter anunciado ontem mudanças no comando e no processo de reestruturação, a fim de obter a injeção de cerca de US$ 200 milhões na companhia. Os aportes serão destinados integralmente ao desenvolvimento de campos na Bacia de Santos.

Além disso, a Bolsa deve continuar monitorando o cenário externo, onde os EUA correm contra o tempo para elevar o teto da dívida. Faltando apenas um dia para um acordo que permita um aumento do endividamento norte-americano, afastando o risco de calote, as expectativas dos investidores seguem concentradas no Senado. O líder da maioria, Harry Reid, e o líder da minoria, Mitch McConnell, pretendem chegar hoje a um acordo fiscal, nesta véspera do Dia D.

Contudo, uma eventual falha no Congresso para aprovar medidas que permitam um teto maior da dívida dos EUA e a "reabertura" da administração Obama não significa um default imediato. O Tesouro dos EUA ainda tem recursos disponíveis para garantir o financiamento do país, embora não se saiba em que montante e por quanto tempo. Ainda às 10h05, em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,64%.

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