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Bovespa fecha na máxima em quase 10 meses

A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta de mais de 2 por cento


	BM&FBovespa: Ibovespa subiu 2,21 por cento, a 53.149 pontos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

BM&FBovespa: Ibovespa subiu 2,21 por cento, a 53.149 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2016 às 18h43.

São Pauo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta nesta quarta-feira, acima dos 53 mil pontos pela primeira vez em nove meses, conforme agentes financeiros seguiram antecipando o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O quadro externo favorável endossou a trajetória positiva no pregão brasileiro, em sessão também marcada pelo vencimento do contrato futuro do Ibovespa mais curto e de opções sobre o índice à vista.

O Ibovespa subiu 2,21 por cento, a 53.149 pontos.

Trata-se do maior nível desde 14 de julho de 2015. Na máxima, o Ibovespa subiu 3,5 por cento e se aproximou dos 54 mil pontos.

O giro financeiro foi novamente forte durante o pregão e ainda inflado pelas operações ligadas aos vencimentos, totalizando 25 bilhões de reais.

Apenas o exercício de opções sobre o Ibovespa movimentou 6,378 bilhões de reais, com 138.340 contratos negociados. Do volume de operações exercidas, 6,2 bilhões de reais referem-se a opções de compra e 160,48 milhões de reais a opções de venda.

A saída de mais partidos da base aliada de Dilma reforçou as apostas de que a Câmara dos Deputados deve aprovar a autorização para a abertura de processo de impeachment da presidente, com relatos na mídia também sinalizando resignação de integrantes do próprio governo.

A presidente Dilma afirmou em entrevista a jornais, sites e colunistas nesta quarta-feira que vai propor um pacto nacional a todos os partidos e setores da sociedade se conseguir barrar o processo de impeachment.

No exterior, Wall Street fechou com ganhos expressivos pelo segundo dia seguido, reflexo principalmente da alta de ações do setor financeiro após resultado trimestral do JPMorgan.

O S&P 500 subiu 1 por cento.

DESTAQUES

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 5,32 por cento, no maior preço desde agosto de 2015, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo, diante das expectativas ligadas ao cenário político.

- VALE encerrou com as preferenciais em alta de 4,23 por cento e no maior nível desde outubro de 2015, após o preço do minério de ferro à vista na China avançar pelo terceiro pregão seguido, em meio a expectativas de melhora na demanda de aço e dados positivos da balança comercial chinesa.

- ITAÚ UNIBANCO avançou 1,23 por cento, para a maior cotação desde abril de 2015, acompanhando seus pares em Nova York e também contagiado por expectativas atreladas ao cenário político, fator este que vem amparando principalmente as ações do BANCO DO BRASIL, que subiram 1,04 por cento nesta sessão.

- CSN disparou 20,33 por cento, para a máxima de fechamento desde maio de 2012, com as siderúrgicas sustentando a trajetória positiva no ano, em meio a cobertura de posições vendidas, alta de preços de aço e do minério de ferro, além de cenário cambial mais favorável. Os papéis também têm beta elevado, logo, costumam oscilar com mais intensidade em relação ao movimento do Ibovespa.

Texto atualizado às18h43

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