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Bovespa fecha estável com Wall St e piora da Petrobras

O Ibovespa fechou estável hoje, contaminado pela piora da Petrobras e desaceleração dos ganhos em Wall Street


	Bovespa: segundo dados preliminares, o Ibovespa encerrou sem variação percentual sobre o fechamento de ontem, a 53.864 pontos
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: segundo dados preliminares, o Ibovespa encerrou sem variação percentual sobre o fechamento de ontem, a 53.864 pontos (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 18h02.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em leve queda nesta terça-feira, em meio à piora das ações da Petrobras e contaminado pela desaceleração dos ganhos em Wall Street, onde pesou comentário de diretor do Federal Reserve sobre a chance de duas altas de juros nos Estados Unidos este ano.

O Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,17 por cento, a 53.772 pontos, após subir a 54.360 pontos na máxima do dia. O volume financeiro da sessão somou 5,2 bilhões de reais, novamente abaixo da média do ano.

Nos EUA, o diretor do Federal Reserve Jerome Powell afirmou nesta terça-feira estar preparado para elevar a taxa de juros duas vezes neste ano, uma em setembro e outra em dezembro, desde que a performance da economia fique em linha com o esperado.

Em Nova York, o S&P 500 terminou com variação positiva de apenas 0,06 por cento, após uma abertura mais positiva com expectativas de acordo entre Grécia e seus credores.

O noticiário local também esteve no radar, como a renovação de contratos de fornecimento de energia da Chesf, do grupo Eletrobras, para unidades da Vale, Braskem e Gerdau, entre outras.

DESTAQUES

=PETROBRAS reverteu o viés positivo e fechou em queda, com as preferenciais em baixa de 1,74 por cento. Operadores atribuíram a piora a uma reportagem da Agência Estado, segundo a qual a estatal deve propor um corte de 25 por cento nos investimentos na ocasião da divulgação do plano de negócios. A expectativa no mercado era de que o corte dos investimentos fosse maior, dada a forte alavancagem da companhia, que está no centro da operação Lava Jato.

=BRASKEM teve o segundo dia de recuperação, fechando em alta de 3,21 por cento, após desabar mais de 10 por cento na última sexta-feira afetada pelos desdobramentos da nova fase da Lava Jato. A reação encontrou suporte na prorrogação de contratos de fornecimento de energia com a Chesf.

=VALE respondeu por relevante contribuição positiva, com as preferenciais subindo quase 1 por cento, também beneficiada pela Medida Provisória sobre renovação de contratos da Chesf, apesar de novo declínio nos preços do minério de ferro à vista nos portos chineses <.IO62-CNI=SI>.

=ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO subiram 0,99 e 1,17 por cento, respectivamente, também atuando na ponta positiva, após dados mostrarem que o estoque total de crédito em maio subiu 0,7 por cento sobre abril, segundo divulgado pelo Banco Central, com a alta nos spreads prevalecendo sobre o aumento da inadimplência. A unit do SANTANDER BRASIL ganhou 1,27 por cento.

=MARFRIG voltou a disparar, terminando com ganho de 7,55 por cento, ainda sob efeito do anúncio da venda da unidade europeia Moy Park para o grupo JBS. Nesta sessão, a JBS estimou que a aquisição "não terá impacto relevante" nos indicadores de alavancagem da companhia. Ainda assim, o papel da JBS, maior produtora de carnes do mundo caiu, 3,66 por cento, pressionando na ponta negativa do Ibovespa.

=MULTIPLAN avançou quase 2 por cento, após divulgar na véspera detalhes sobre lançamento de shopping center em Canoas (RS), com abertura prevista para abril de 2017. O BTG Pactual disse em nota a clientes que reforçou a preferência pelo papel, citando melhor portfólio versus seus concorrentes, alavancagem abaixo da média e bom "valuation".

Texto atualizado às 18h02

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