Mercados

Bovespa fecha em alta de 0,26% com dados dos EUA

Por Sueli Campo São Paulo - O clima no mercado internacional continuou bom nesta quinta-feira, o que impulsionou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Pela manhã, o índice Bovespa atingiu a máxima de 0,86%, porém sem fôlego para reaver os 70 mil pontos. Depois, a Bolsa brasileira se descolou um pouco do exterior […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 17h56.

Por Sueli Campo

São Paulo - O clima no mercado internacional continuou bom nesta quinta-feira, o que impulsionou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Pela manhã, o índice Bovespa atingiu a máxima de 0,86%, porém sem fôlego para reaver os 70 mil pontos. Depois, a Bolsa brasileira se descolou um pouco do exterior e fechou com alta modesta, de 0,26%, aos 69.527,07 pontos, com giro negociado de R$ 5,757 bilhões.

A despeito dos bons indicadores econômicos que continuaram saindo nesta quinta-feira nos EUA, a alta da Bolsa foi limitada, segundo operadores, por causa da expectativa com o relatório de emprego de novembro, que será divulgado amanhã pela manhã nos EUA. Para o chamado payroll (relatório de vagas), as previsões apontam para a criação de 144 mil vagas.

Analistas também mencionaram o receio de uma elevação da taxa básica de juros já na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central da próxima semana como fator adicional para esse desempenho contido da Bovespa. No mercado de juros, os contratos com vencimentos mais curtos embutem a possibilidade de uma alta da taxa Selic já nesta reunião de dezembro, a última sob comando de Henrique Meirelles.

As bolsas norte-americanas mostraram um vigor maior do que o da Bovespa, reagindo à melhora dos dados sobre a economia, como o crescimento inesperado das vendas pendentes de imóveis em outubro, a redução da média móvel dos pedidos semanais de auxílio-desemprego e o crescimento acima do esperado das vendas das varejistas. O índice Dow Jones subia 0,87% às 18h19, o S&P 500 avançava 1,15% e o Nasdaq, 1,06%. As ações dos bancos estavam entre as maiores altas, refletindo melhora na recomendação do JPMorgan, do Citigroup e Bank of America pelo Goldman Sachs.

Na Europa, algumas bolsas fecharam com valorização superior a 2%, caso de Paris e Londres, repercutindo a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter por mais tempo a oferta extra de liquidez aos bancos que deveria ser encerrada no começo de 2011. Embora o BCE não tenha anunciado o tamanho das compras de bônus de governos da região, como o mercado imaginava, a decisão trouxe alívio. O bom humor também se deve ao bem sucedido leilão de bônus realizado pela Espanha hoje, em que conseguiu vender quase 2,5 bilhões de euros, apesar de ter pago um rendimento bem maior do que no leilão anterior.

Na Bovespa, as blue chips avançaram mais que o Ibovespa. Vale PNA subiu 0,55% e a ON,1,08%. Petrobras PN subiu também 0,55% e a ON, 0,18%.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Mercado de trabalho aquecido é um desafio para inflação, diz Campos Neto

Calotes, recuperação judicial, despejos e saída do fundador: entenda a crise da WeWork

Chanel compra fatia da MB&F e aumenta aposta em relógios

“Chegou a hora de ajustar a política monetária”, afirma Powell em Jackson Hole

Mais na Exame