Commodities caíram forte, puxadas pelo petróleo (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 14h29.
São Paulo - O dólar subia mais de 1 por cento nesta quarta-feira, noutro dia negativo no exterior, após fracos dados macroeconômicos nos Estados Unidos, que também jogava por terra a tentativa de recuperação da Bovespa.
No mercado de renda fixa, as projeções de juros futuros subiam refletindo declarações feitas na véspera pelo presidente do Banco Central Alexandre Tombini, de que o combate à inflação é um "processo longo" e que a Selic é o principal instrumento para garantir a convergência inflacionária ao centro da meta.
Ainda na agenda doméstica, o IBGE informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve em março a menor alta desde julho, de 0,39 por cento, ante 0,60 por cento em fevereiro. E o BC informou que o país teve entrada líquida de 1,541 bilhão de dólares em abril.
A Bovespa oscilava em torno do zero, após acumular baixa de 2,74 por cento nos últimos dois dias. CSN era o destaque positivo, depois de a empresa divulgar lucro de 616 milhões de reais no primeiro trimestre, aumento de 38 por cento sobre o mesmo período de 2010.
Ambev também subia, com investidores conferindo o lucro líquido de 2,089 bilhões de reais da companhia no primeiro trimestre, crescimento de 26,6 por cento sobre o obtido um ano antes.
A melhora no mercado de ações doméstico, contudo, era limitada pelo mau humor dos agentes em âmbito internacional. Os players repercutiam negativamente a criação menor que o previsto de emprego no setor privado dos EUA em abril e também o ritmo menor de crescimento no setor de serviços do país no mês passado.
O índice de volatilidade da CBOE saltava mais de 5 por cento. As commodities caiam forte, puxadas pelo petróleo. O fraco desempenho da commodity ocorria após a informação de que os estoques nos EUA aumentaram 3,42 milhões de barris na semana passada, para 366,55 milhões de barris.