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Bovespa acompanha cautela externa e abre em baixa

Os estímulos monetários adicionais anunciados na quarta-feira (12) pelo Federal Reserve não são suficientes para embalar os ativos de risco


	Pregão da Bovespa: por volta das 10 horas, o Ibovespa cedia 0,25%, aos 59.323 pontos
 (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa: por volta das 10 horas, o Ibovespa cedia 0,25%, aos 59.323 pontos (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 09h33.

São Paulo - Passado o vencimento de índice futuro, a Bovespa redireciona o foco dos negócios aos mercados internacionais, onde é crescente a apreensão dos investidores com uma eventual caída dos Estados Unidos em um abismo fiscal.

Os estímulos monetários adicionais anunciados na quarta-feira (12) pelo Federal Reserve não são suficientes para embalar os ativos de risco, já que o próprio presidente da instituição, Ben Bernanke, alertou para o poder limitado do BC norte-americano e os estragos que podem ser causados na economia do país, caso não haja uma solução para o problema. Por enquanto, a cautela prevalece. Por volta das 10 horas, o Ibovespa cedia 0,25%, aos 59.323 pontos.

O exercício de quarta-feira (12) tornou nítida a barreira que a Bolsa tem à frente, no patamar dos 60 mil pontos. Segundo analistas gráficos, é fundamental que o Ibovespa recupere a marca dos 59,6 mil pontos, perdida ontem, e busque novas máximas no curto prazo, para garantir ganhos mais robustos ao final de 2012.

Esse "empurrãozinho", porém, vai depender, em grande medida, do ambiente externo, principalmente nos EUA. Com a Europa resolvendo a questão grega, ao liberar recursos ao país, e caminhando para a criação de um supervisor bancário único, as atenções se voltam para a situação fiscal na maior economia do mundo. "Os investidores estão aguardando novidades em relação às negociações sobre o abismo fiscal", comenta, em relatório a equipe da Um Investimentos.


O tema ganhou ainda mais relevância após a fala de Bernanke sobre as preocupações do Fed com o abismo fiscal - termo cunhado por ele. Após o BC dos EUA afirmar que dará continuidade aos estímulos monetários em 2013 - com a compra de títulos lastreados em hipotecas e de papéis de longo prazo do Tesouro, além de manter a taxa básica de juros no mínimo histórico pelo menos até 2015 - Bernanke clamou o Congresso que faça "a coisa certa".

"É bom fazer agora para estimular a economia do que deixar para depois", disse, acrescentando que se não houver um acordo entre republicanos e democratas antes do fim do ano a economia será prejudicada.

No horário acima, em Wall Street, o futuro do S&P 500 recuava 0,08%. A agenda econômica norte-americana pode trazer um pouco de volatilidade aos negócios. Os indicadores mais relevantes saem às 11h30: vendas no varejo em novembro; pedidos semanais de auxílio-desemprego e índice de preços ao produtor (PPI) em novembro. Às 13 horas, é a vez dos estoques das empresas em outubro.

Aqui no Brasil, o IBGE anunciou crescimento de 0,80% nas vendas do comércio varejista, no conceito restrito, em outubro ante setembro, resultado que ficou em linha com a mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções. Até outubro, as vendas do varejo têm alta de 8,90% no ano.

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