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Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 10h09.
Por Olívia Bulla
São Paulo - Mais uma vez, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia próxima da estabilidade, à espera do relatório oficial do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll), a ser divulgado às 11h30 (horário de Brasília). Caso os números sejam positivos, as Bolsas de Nova York podem subir e animar os negócios também no Brasil. Porém, se os dados vierem piores que o esperado, os mercados globais devem passar por uma realização de lucros. Às 11h08 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,09%, aos 66.705 pontos.
"Hoje as bolsas estão em compasso de espera pelo payroll para definir uma direção para o dia", comenta o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Ele acrescenta que a ausência de notícias na manhã de hoje deixa as bolsas europeias e os índices futuros de Nova York com ímpeto reduzido.
O número de postos de trabalho criados nos EUA em janeiro, com a respectiva taxa de desemprego do país no período, é o grande destaque da agenda econômica norte-americana. A previsão para o dado é de abertura de 136 mil vagas, ante 103 mil postos de trabalho em dezembro. A taxa de desemprego, conforme as previsões, deve oscilar de 9,4% para 9,5%.
No Brasil, operadores ressaltam a relevância de o Ibovespa ter segurado, ontem, a marca dos 66 mil pontos e, principalmente, ter fechado a sessão acima do nível "tenebroso" de 66.666 pontos. "Ainda que a defesa desse patamar não configure em uma tendência de alta, se tivesse rompido esse nível, ordens mais fortes de venda poderiam ser acionadas", comenta o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista.
Especialistas chamam atenção para o comportamento dos papéis que vêm sofrendo muito a vários pregões, como os dos setores de construção civil, de consumo e os bancos. O noticiário corporativo também destaca as estatais Petrobras e Eletrobras. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reúne-se hoje com o presidente da petrolífera, José Sérgio Gabrielli, para tratar da negociação de compra de parcela da portuguesa Galp.
Já a companhia de energia elétrica deve repercutir a indicação de Flávio Decat para assumir a presidência de Furnas. Na noite de ontem, praticamente toda a região Nordeste ficou às escuras, após um problema em linhas de transmissão da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras. Segundo o presidente da companhia, Dilton da Conti Oliveira, a energia elétrica na região já foi restabelecida. Dos nove Estados da região, apenas o Maranhão não foi atingido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.