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Bovespa abre em leve queda de olho em Nova York

A Europa traz certo pessimismo para os negócios, com a agência Moody's colocando a classificação de risco da União Europeia em perspectiva negativa

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 10h36.

São Paulo - Na volta dos negócios em Nova York, após o feriado de segunda-feira, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve registrar liquidez maior e acompanhar de perto os índices americanos, pelo menos no início da sessão. A Europa traz certo pessimismo para os negócios, com a agência Moody's colocando a classificação de risco da União Europeia em perspectiva negativa.

Às 10h12 (horário de Brasília), o Ibovespa à vista recuava 0,43%, aos 57.037 pontos. Em Nova York, o S&P futuro tinha baixa de 0,10% e o Nasdaq futuro caía 0,12%. Na Europa, onde os índices à vista já operavam, Londres caía 0,91%, Paris recuava 0,65% e Frankfurt tinha baixa de 0,39%. Em Madri, o Ibex35 subia 1,35%, enquanto em Milão a bolsa avançava 0,56%, ecoando comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que a instituição estaria disposta a comprar bônus soberanos com vencimento de dois e três anos no mercado secundário.

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"A Bovespa hoje vai ficar em cima do exterior. As chamadas de baixa na Europa podem prejudicar a Bolsa de novo, mas a gente vai ficar de olho no que acontece nos Estados Unidos", comentou um operador ouvido pela Agência Estado. Segundo ele, o mercado também aguarda a quinta-feira, quando o Banco Central Europeu (BCE) divulga sua decisão de política monetária. A expectativa é de que surjam medidas concretas para impulsionar as economias em dificuldades na Europa, o que se refletiria nos mercados globais de ações.

Por enquanto, a Moody's colocou o rating Aaa da União Europeia em perspectiva negativa, para refletir as ações que a agência vem tomando em relação a alguns dos maiores países da região, incluindo Alemanha e Holanda. "A Moody's acredita que é razoável assumir que o valor de crédito da UE deve se mover em linha com o valor de crédito de seus Estados mais fortes, considerando as significativas ligações entre a União Europeia e seus membros", afirmou a agência em comunicado. Cerca de 45% do orçamento anual da UE sai de contribuições feitas por países com rating Aaa, como Alemanha, França, Reino Unido e Holanda. Em julho, a Moody's colocou os ratings da Alemanha e da Holanda em perspectiva negativa.

Mais cedo, a Espanha informou que os pedidos de seguro-desemprego no país subiram 0,8% em agosto, no ritmo mais lento em seis anos. A notícia, juntamente com os comentários de Draghi, não foi suficiente para conduzir os índices de Londres, Paris e Frankfurt para o território positivo, mas Espanha e Itália sustentam ganhos.

Ao longo do dia, o mercado também acompanha os indicadores previstos nos Estados Unidos. Nesta terça-feira saem o índice de atividade industrial ISM (gerentes de compras) de agosto e os dados de investimentos em construção em julho.

No campo corporativo, a Vale informou há pouco ter constituído provisão de R$ 1,1 bilhão para cobrança da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), conhecida como os royalties da mineração. A empresa alterou para provável o prognóstico de perda da tese de dedução de transporte da base de cálculo da CFEM, e o montante soma-se ao anteriormente provisionado, de R$ 314 milhões, constante nas demonstrações contábeis de 30 de junho de 2012.

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