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Bovespa abre em alta e já retoma os 63 mil pontos

O sinal positivo prevalece no exterior e dá fôlego aos negócios locais

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 10h39.

São Paulo - A Bovespa abriu o último pregão do mês em alta, com o objetivo de fechar janeiro com chave de ouro. E o sinal positivo que prevalece no exterior dá fôlego aos negócios locais para buscar o nível dos 63 mil pontos hoje, já que as duas sessões anteriores mostraram que a disposição dos investidores em realizar lucros nas ações brasileiras é pequena.

Os papéis do Bradesco devem repercutir o balanço mais fraco que o esperado no trimestre passado, enquanto os mercados financeiros globais aguardam os dados econômicos dos EUA, mas sem deixar de monitorar as notícias vindas da Europa. Às 11h05, o Ibovespa subia 0,51%, aos 63.089,89 pontos, na pontuação máxima após a abertura.

O estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, exalta a maneira bem-sucedida que a Bolsa se comportou ao longo desse primeiro mês de 2012. Confirmada uma valorização em torno de 10% no período, será o melhor desempenho mensal desde outubro do ano passado, quando o Ibovespa subiu 11,49%. Há, ainda, chances de o índice à vista fechar janeiro na melhor pontuação desde o início de julho de 2011, recuperando também a marca dos 63 mil pontos. "É possível que isso aconteça", diz o profissional.

Galdi pondera, porém, que há riscos pela frente, sobretudo com relação à crise fiscal na Europa. "O Dia D para a Grécia é em março e, até lá, os mercados podem ter estresse", avalia, referindo-se a um pagamento de bônus que o governo grego tem a vencer, no total de € 14,4 bilhões, em 20 de março.

Caso o país mediterrâneo não consiga o segundo pacote de ajuda financeira a tempo, pode se tornar a primeira economia da zona do euro a entrar em default. "E se isso acontecer, crescem os receios de contágio na região", acrescenta o estrategista-chefe da SLW. Portugal, por exemplo, continua na lista da próxima vítima a necessitar de um novo resgate da União Europeia (UE).

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