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Bovespa abre em alta após fala de presidente do Fed

Por Olívia Bulla São Paulo - As palavras do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, em discurso que ocorre nesta manhã nos EUA, garantiram a abertura em alta da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ao afirmar que as evidências são de que as compras de ativos […]

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 07h27.

Por Olívia Bulla

São Paulo - As palavras do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, em discurso que ocorre nesta manhã nos EUA, garantiram a abertura em alta da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ao afirmar que as evidências são de que as compras de ativos têm se mostrado eficientes, o banco central americano deixa claro que segue firme na árdua tarefa de manter a economia dos EUA nos trilhos. Às 10h26 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) avançava 0,48%, para 72.039 pontos.

Bernanke manteve vivas as chances de o Fed novamente fornecer suporte adicional para a fraca economia dos EUA. No entanto, ele não afirmou claramente que irá agir. Segundo Bernanke, o Fed "está preparado para fornecer acomodação adicional se necessário para dar suporte à recuperação econômica e para levar a inflação com o tempo a níveis consistentes". O presidente do Fed disse ainda que as autoridades "vão levar em conta os potenciais custos e riscos" de perseguir políticas não convencionais e qualquer coisa que seja feita será "dependente de informações futuras sobre a perspectiva econômica e as condições financeiras".

Também nesta manhã foram anunciados novos números sobre a economia dos EUA. Do lado da inflação, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em setembro ante agosto, ficando levemente abaixo da previsão de alta de 0,2%. Já o índice de atividade de Nova York subiu para 15,73 em outubro, bem acima da expectativa de avanço para 6. As vendas no varejo norte-americano cresceram pelo terceiro mês seguido em setembro (alta de 0,6%), ante uma previsão de aumento de 0,4%.

Diante dos dados, os analistas não descartam uma realização de lucros na Bovespa ao longo do dia. "Uma realização de lucros é possível e seria até saudável, mas não tira a tendência positiva da Bovespa no curto prazo", diz o economista Antônio Cesar Amarante, da Senso Corretora.

Os investidores também se agitam a cada nova pesquisa sobre a corrida ao Palácio do Planalto, com a diminuição da vantagem da candidata Dilma Rousseff (PT) sobre José Serra (PSDB). Segundo analistas, as ações mais sensíveis à disputa são as de construtoras e as de estatais. Segundo Amarante, "ninguém esperava um empate técnico entre os dois candidatos e o mercado passa a avaliar uma eventual mudança na filosofia da condução política brasileira".

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