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Bovespa abre em alta após dados dos EUA

O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano cresceu 0,4% entre outubro e dezembro do ano passado, conforme a terceira e última estimativa do dado

Bovespa: por volta das 10h10, o Ibovespa subia 0,26%, aos 56.182,17 pontos
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 10h54.

São Paulo - Apesar do crescimento da economia dos Estados Unidos mais fraco que o esperado ao final de 2012, a Bovespa abriu o pregão com ligeiros viés de alta nesta véspera de feriado no Brasil e ao redor do mundo.

Porém, dificilmente a performance do dia deve ajustar o já frustrante desempenho dos negócios locais neste mês e no primeiro trimestre de 2013.

Parece cada vez mais nítida a sensação de que a trajetória descendente da Bolsa brasileira está perto do fim, mas ainda falta um gatilho contundente capaz de resgatar o mercado acionário brasileiro. Por volta das 10h10, o Ibovespa subia 0,26%, aos 56.182,17 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano cresceu 0,4% entre outubro e dezembro do ano passado, conforme a terceira e última estimativa do dado, resultado que ficou ligeiramente abaixo do estimado, em +0,5%.

Na leitura anterior, a economia dos EUA havia crescido 0,1%. Além disso, os pedidos semanais de auxílio-desemprego subiram para 357 mil, ante previsão de leitura em 340 mil solicitações.

Ainda na agenda do país, às 10h45, o ISM informa o índice de atividade em março Chicago e, às 12 horas, é a vez do dado regional de atividade manufatureira em Kansas neste mês.

O futuro do S&P 500 reduziu os ganhos e, às 9h50, tinha ligeira baixa de 0,01%, em reação à primeira bateria de dados econômicos dos EUA no dia.


Para o gerente da mesa de operações da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, é a agenda econômica dos EUA no dia que irá definir o rumo dos negócios com risco hoje, mas a tendência está mais para lateralidade.

Porém, ele não vislumbra qualquer sinal de reação da Bolsa no curto prazo. "Parece que já se esgotou a queda, que não há mais muito espaço para cair, mas também não vejo nada no horizonte, não há nenhum gatilho para a Bolsa subir", avalia.

Segundo Lukaisus, o cenário combinado de inflação, crescimento e juros no Brasil ainda incomoda os investidores, principalmente os estrangeiros, e tampouco se espera uma solução de curto prazo para essa questão. "É uma pedra no sapato com o qual a Bolsa terá de conviver, mas que, enquanto isso, continuará atrapalhando", completa.

De fato, a Bolsa brasileira deve registrar o pior mês de março desde 2008 e a pior desvalorização para um primeiro trimestre desde 1995. E as perspectivas não são nada promissores, conforme previsões do Banco Central no Relatório Trimestral de Inflação.

No documento, a autoridade monetária vê chance de 25% de estouro do teto da meta para o IPCA, de 6,5%, em 2013, e um crescimento de 3,1% do PIB neste ano.


Já na safra doméstica de balanços, os investidores devem repercutir os resultados financeiros das companhias de energia de elétrica.

Eletrobras registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 10,499 bilhões no quarto trimestre de 2012, revertendo o lucro de R$ 557 milhões apurando no mesmo período de 2011.

Em todo o ano de 2012, a empresa teve prejuízo líquido consolidado de R$ 6,879 bilhões, ante lucro líquido de R$ 3,733 bilhões um ano antes.

Às 10 horas, a estatal de energia elétrica concede entrevista coletiva, em Brasília, para comentar o resultado. Já a Cemig registrou lucro líquido de R$ 4,271 bilhões em 2012, o que representa uma alta de 76,8% em relação a 2011.

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São Paulo - Apesar do crescimento da economia dos Estados Unidos mais fraco que o esperado ao final de 2012, a Bovespa abriu o pregão com ligeiros viés de alta nesta véspera de feriado no Brasil e ao redor do mundo.

Porém, dificilmente a performance do dia deve ajustar o já frustrante desempenho dos negócios locais neste mês e no primeiro trimestre de 2013.

Parece cada vez mais nítida a sensação de que a trajetória descendente da Bolsa brasileira está perto do fim, mas ainda falta um gatilho contundente capaz de resgatar o mercado acionário brasileiro. Por volta das 10h10, o Ibovespa subia 0,26%, aos 56.182,17 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano cresceu 0,4% entre outubro e dezembro do ano passado, conforme a terceira e última estimativa do dado, resultado que ficou ligeiramente abaixo do estimado, em +0,5%.

Na leitura anterior, a economia dos EUA havia crescido 0,1%. Além disso, os pedidos semanais de auxílio-desemprego subiram para 357 mil, ante previsão de leitura em 340 mil solicitações.

Ainda na agenda do país, às 10h45, o ISM informa o índice de atividade em março Chicago e, às 12 horas, é a vez do dado regional de atividade manufatureira em Kansas neste mês.

O futuro do S&P 500 reduziu os ganhos e, às 9h50, tinha ligeira baixa de 0,01%, em reação à primeira bateria de dados econômicos dos EUA no dia.


Para o gerente da mesa de operações da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, é a agenda econômica dos EUA no dia que irá definir o rumo dos negócios com risco hoje, mas a tendência está mais para lateralidade.

Porém, ele não vislumbra qualquer sinal de reação da Bolsa no curto prazo. "Parece que já se esgotou a queda, que não há mais muito espaço para cair, mas também não vejo nada no horizonte, não há nenhum gatilho para a Bolsa subir", avalia.

Segundo Lukaisus, o cenário combinado de inflação, crescimento e juros no Brasil ainda incomoda os investidores, principalmente os estrangeiros, e tampouco se espera uma solução de curto prazo para essa questão. "É uma pedra no sapato com o qual a Bolsa terá de conviver, mas que, enquanto isso, continuará atrapalhando", completa.

De fato, a Bolsa brasileira deve registrar o pior mês de março desde 2008 e a pior desvalorização para um primeiro trimestre desde 1995. E as perspectivas não são nada promissores, conforme previsões do Banco Central no Relatório Trimestral de Inflação.

No documento, a autoridade monetária vê chance de 25% de estouro do teto da meta para o IPCA, de 6,5%, em 2013, e um crescimento de 3,1% do PIB neste ano.


Já na safra doméstica de balanços, os investidores devem repercutir os resultados financeiros das companhias de energia de elétrica.

Eletrobras registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 10,499 bilhões no quarto trimestre de 2012, revertendo o lucro de R$ 557 milhões apurando no mesmo período de 2011.

Em todo o ano de 2012, a empresa teve prejuízo líquido consolidado de R$ 6,879 bilhões, ante lucro líquido de R$ 3,733 bilhões um ano antes.

Às 10 horas, a estatal de energia elétrica concede entrevista coletiva, em Brasília, para comentar o resultado. Já a Cemig registrou lucro líquido de R$ 4,271 bilhões em 2012, o que representa uma alta de 76,8% em relação a 2011.

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