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Bolsas na Europa despencam mais de 3%

Preocupações sobre uma desaceleração econômica generalizada provocaram a aversão ao risco entre os investidores

Bolsa de Frankfurt (Ralph Orlowski/Getty Images)

Bolsa de Frankfurt (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 16h23.

São Paulo – As principais bolsas da Europa fecharam o pregão desta quinta-feira (4) com forte desvalorização. Os investidores da região estão preocupados com o crescimento econômico mundial e com os problemas fiscais nos países que integram a Zona do Euro, em especial a Itália.

O índice europeu de ações FTSEurofirst 300 encerrou a sessão com baixa de 3,33%, a 993 pontos. Foi a primeira vez que o indicador caiu abaixo da marca de 1 mil pontos em 12 meses. Passada a possibilidade de um calote nos Estados Unidos, os investidores buscam agora por sinais de que a economia mundial terá forças para sustentar sua recuperação.

No entanto, as projeções não tem sido animadoras. Dados macroeconômicos recentes da maior economia do mundo e da Europa têm frustrado os investidores. Entre os principais mercados, o índice MIB, da Bolsa de Milão, figurou entre os mais prejudicados:

 Índice País Var. Pontos Var. no ano
MIB Itália -5,16% 16.128,10 -20,05%
CAC 40 França -3,90% 3.320,35 -12,73%
IBEX Espanha -3,89% 8.686,50 -11,89%
SMI Suíça -3,61% 5.285,25 -17,88%
FTSE 100 Reino Unido -3,43% 5.393,14 -8,59%
DAX 30 Alemanha -3,40% 6.414,76 -7,22%
PSI 20 Portugal -3,26% 6.325,27 -16,64%
ASE Grécia -1,35% 1.086,43 -23,16%
RTS Rússia -0,57% 10.916,90 -4,18%

 

Bancos Centrais

Diante da volatilidade, as autoridades da Suíça e do Japão chegaram hoje a agir para acalmar os investidores. O governo suíço realizou um corte de juros inesperado com o objetivo de enfraquecer o franco e o governo do Japão gastou uma quantia estimada em 1 trilhão de ienes (12,6 bilhões de dólares) para conter a alta da moeda local (iene).

As atuações foram vistas, no entanto, como temporárias, sendo insuficientes para acalmar o nervosismo e diminuir a aversão ao risco. Apenas nesta semana, a venda generalizada de ações na Europa reduziu o valor de mercado dos índices da Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Espanha e Holanda em mais de 400 bilhões de euros.

O Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa básica de juros em 1,5% nesta quinta-feira, mas operadores disseram que a autoridade monetária tem comprado bônus de países em crise de dívida para conter os custos de financiamento dos governos da Zona do Euro.

Questionado se o BCE reabriu seu programa de compra de bônus ,Trichet não confirmou a informação e disse nunca ter afirmado que o programa estivesse inativo. Segundo ele. o programa sempre é discutido nas reuniões. O presidente da autoridade monetária europeia ainda acrescentou que o programa de compra de bônus não é um instrumento de afrouxamento quantitativo.

Jean-Claude Trichet anunciou mais alguns leilões para oferecer liquidez ilimitada ao mercado - atendendo a demanda total - e disse que estenderá até o ano que vem sua principal operação de refinanciamento (MROs), também de liquidez ilimitada.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve a taxa básica de juros na mínima recorde de 0,50% pelo 30º mês seguido, em meio ao fraco crescimento no Reino Unido e às perspectivas sombrias para a economia global.

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