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Bolsas globais recuam com aumento dos temores de recessão

Rendimentos de títulos americanos de dois anos superaram os de 10 anos pela primeira vez desde 2007; métrica é vista como sinal clássico de recessão

Principais índices de ações dos Estados Unidos recuavam mais de 2% nesta quarta-feira (Brendan McDermid/Reuters)

Principais índices de ações dos Estados Unidos recuavam mais de 2% nesta quarta-feira (Brendan McDermid/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 14 de agosto de 2019 às 16h21.

Última atualização em 14 de agosto de 2019 às 18h05.

Os principais índices de Wall Street recuavam acentuadamente nesta quarta-feira (14) à medida que um importante indicador do mercado de títulos dos Estados Unidos apontava risco de recessão após dados econômicos fracos de Alemanha e China.

Às 15:25 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 2,60%, a 25.595 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 2,53%, a 2.852 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 2,79%, a 7.790 pontos.

Os rendimentos das notas de dois anos subiram acima do rendimento dos títulos de 10 anos pela primeira vez desde 2007. A métrica é amplamente vista como um sinal clássico de recessão.

O setor bancário, altamente sensível à taxa de juros recuava 2,50%, e o setor financeiro em geral caía 1,95% em resposta. O setor de tecnologia, de alto crescimento, também foi bastante atingido. As ações da Apple caíam 1,74% após terem impulsionado os mercados um dia antes com uma alta de 4%. Os fabricantes de chips também estavam em baixa, com o índice de chips da Filadélfia caindo 2,09%.

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Impactos globais

A queda nas exportações fez a economia da Alemanha contrair 0,1% no segundo trimestre. Em julho, o crescimento da industria chinesa desacelerou ao menor ritmo em mais de 17 anos , colocando o foco novamente nos impactos globais da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Nesta quarta-feira, as ações europeias caíram para o nível mais baixo em seis meses, uma vez que a inversão na curva dos rendimentos dos títulos públicos americanos e dados fracos de Alemanha e China apontam para uma recessão iminente.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,62%, a 1.442 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 1,68%, a 366 pontos, tendo atingido seu nível mais baixo desde 15 de fevereiro, com os índices da Alemanha, França e Itália caindo mais de 2%.

O cenário externo também impactou fortemente os mercados emergentes. Às 16:03, o Ibovespa caia 3,07%, a 100.124 pontos. Por volta desse mesmo horário os principais índices das bolsas argentina e mexicana vinham em queda de 3,04% e 2,10%, respectivamente.

Destaques

Em Londres, o índice Financial Times recuou 1,42%, a 7.147 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 2,19%, a 11.492 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 2,08%, a 5.251 pontos.

Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,53%, a 20.020 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,98%, a 8.522 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,55%, a 4.750 pontos.

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