Mercados

Bolsas europeias fecham em alta aquecidas por China e Grécia

Pacote final de ajuda estrangeira à Grécia e medidas adicionais ao mercado acionário da China fazem pan-europeu Stoxx encerrar em 399,82 pontos


	Pacote final de ajuda estrangeira à Grécia e medidas adicionais ao mercado acionário da China fazem pan-europeu Stoxx encerrar em 399,82 pontos
 (thinkstock)

Pacote final de ajuda estrangeira à Grécia e medidas adicionais ao mercado acionário da China fazem pan-europeu Stoxx encerrar em 399,82 pontos (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2015 às 15h48.

São Paulo - As principais bolsas da Europa encerraram o pregão desta segunda-feira, 10, em alta, impulsionadas pela expectativa de medidas adicionais ao mercado acionário da China e pela notícia de que a Grécia está próxima de acertar o pacote final de ajuda estrangeira.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,69%, encerrando em 399,82 pontos.

Apesar dos dados fracos de comércio exterior e de inflação na China, divulgados durante o final de semana, os investidores passaram a apostar que Pequim terá de lançar novas medidas para conter a volatilidade das bolsas, o que impulsionou as negociações acionárias nos mercados locais nesta segunda-feira. O índice composto subiu 4,9%.

Já no caso da Grécia, durante o final de semana, os ministros das Finanças, Euclid Tsakalotos, e da Economia, Giorgos Stathakis, se encontraram com representantes dos credores internacionais para tentar selar o acordo de um terceiro pacote de até 86 bilhões de euros e assegurar a primeira fatia da ajuda.

Nesta segunda-feira, Annika Breidthardt, porta-voz da Comissão Europeia para assuntos econômicos e financeiros, disse que especialistas estão "trabalhando dia e noite" para finalizar o texto do memorando e uma lista de ações prioritárias para a Grécia. Ela afirmou ainda que um acordo "pode ser alcançado no mês de agosto, preferencialmente antes do dia 20", quando vence uma parcela da dívida da Grécia com o Banco Central Europeu (BCE).

Com este cenário mais otimista, os investidores europeus foram às compras de ações. "As sugestões de que poderia ser alcançado um acordo final de resgate da Grécia dentro de dias, juntamente com a especulação de uma maior flexibilização monetária na China, ajudou nos ganhos", escreveram analistas da CMC Markets em uma nota.

As ações de companhias gregas lideraram os ganhos no índice Stoxx 600. Os papéis da Hellenic Telecommunications Organization subiram 2,82% e os da Greek Organization of Football Prognostics avançaram 7,67%. A bolsa de Atenas fechou em alta de 2,06%, aos 690,24 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou com ganho de 0,99%, aos 11.604,78 pontos. Os papéis da fabricante de fertilizantes K+S subiram 1,40%, com a notícia de que acionistas individuais estão se unindo para se opor à proposta de compra da canadense Potash. Já as ações da RWE se valorizaram 0,29%, após o anúncio de planos de reestruturação da companhia.

A bolsa de Paris fechou em alta de 0,79%, aos 5.195,41 pontos. As ações da Sanofi subiram 1,54%, impulsionadas pela assinatura de um acordo com as empresas de biotecnologia Evotec e Apeiron Biologics para desenvolver novas terapias contra o câncer.

Os dados fracos chineses pesaram sobre o desempenho da bolsa de Londres, onde empresas ligadas a commodities têm forte peso. No entanto, com a reavaliação do mercado sobre os indicadores, o índice FTSE-100 zerou as perdas e fechou em alta de 0,26%, aos 6.736,22 pontos. As mineradoras se destacaram entre as altas: os papéis da Rio Tinto subiram 1,84%, os da BHP Billiton ganharam 1,51% e os da Glencore avançaram 1,35%.

O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, encerrou em 23.966,44 pontos, uma valorização de 1,10%. A bolsa de Madri avançou 1,19%, para 11.311,70 pontos, e a de Lisboa subiu 0,52%, para 5.618,79 pontos.

Acompanhe tudo sobre:AçõesBCEbolsas-de-valoresEuropa

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame