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Bolsas europeias recuam com Grécia e dado dos EUA

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em queda, pressionados por dados considerados fracos sobre o nível de emprego nos EUA e também por receios com a possibilidade de a Grécia não ser capaz de cumprir as metas de redução no déficit orçamentário, o que poderia bloquear a liberação de […]

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 15h09.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em queda, pressionados por dados considerados fracos sobre o nível de emprego nos EUA e também por receios com a possibilidade de a Grécia não ser capaz de cumprir as metas de redução no déficit orçamentário, o que poderia bloquear a liberação de mais recursos para o país.

Hoje os representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) suspenderam temporariamente negociações com o governo da Grécia e afirmaram que voltarão a Atenas na metade deste mês. Com isso, pretendem dar tempo para que os gregos "completem os trabalhos técnicos" ligados ao orçamento de 2012, de acordo com um comunicado conjunto divulgado pelos três órgãos - ou troica, como ficou conhecido o grupo. Segundo o cronograma original, a visita da delegação deveria ser concluída na segunda-feira, dia 5.

De acordo com fontes, a troica pediu para a Grécia adotar mais medidas de cortes nos gastos com o objetivo de tentar atingir a meta de redução no déficit deste ano, mas o governo grego não teria concordado. Numa entrevista coletiva concedida após a divulgação do comunicado da troica, o ministro de Finanças do país, Evangelos Venizelos, disse que a economia deve encolher cerca de 5% neste ano - contração mais forte do que a prevista -, mas que não haverá necessidade de mais medidas de austeridade fiscal para conter o déficit. "O que importa para nós é restringir a recessão, e não dar um passo maior que a perna e piorar as coisas", acrescentou.

Nos EUA, dados mostraram que a taxa de desemprego ficou estável em agosto na comparação com julho, em 9,1%, mas também revelaram que no mês passado a economia do país não gerou nem perdeu empregos, enquanto analistas previam a criação de 80 mil vagas. Foi a leitura mais fraca desde setembro do ano passado, quando houve uma pequena contração no mercado de trabalho norte-americano.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 7,05 pontos, ou 2,95%, para 231,88 pontos, mas acumulou alta de 2,82% na semana.

Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 126,62 pontos, ou 2,34%, para 5.292,03 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 117,30 pontos, ou 3,59%, para 3.148,53 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 192,30 pontos, ou 3,36%, a 5.538,33 pontos. Na semana, o CAC 40 subiu 1,97% e o FTSE 100 avançou 3,16%, enquanto o Xetra DAX teve ganho de 0,02%.

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 610,03 pontos, ou 3,89%, para 15.060,79 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 297,60 pontos, ou 3,40%, para 8.463,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 32,95 pontos, ou 0,52%, para 6.336,81 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 36,93 pontos, ou 3,98%, para 891,93 pontos.

Na semana, o PSI 20 subiu 5,15%, seguido por IBEX 35 (+3,40%), FTSE MIB (+1,76%) e ASE (+1,34%).

Entre os destaques da sessão, as ações do Deutsche Bank recuaram 5,9% depois de o New York Times afirmar numa reportagem que a Agência Federal de Financiamento à Habitação dos EUA pretende processar alguns bancos, entre eles o Deutsche, acusando essas instituições de omitir dos investidores dados sobre a qualidade de títulos lastreados em hipotecas vendidos no auge da crise financeira.

Outros bancos, especialmente aqueles expostos às economias mais problemáticas da Europa, também tiveram queda em suas ações, pressionados pela suspensão das negociações entre a troica e o governo da Grécia. Em Paris, o Crédit Agricole recuou 7,4%, o Banco Santander perdeu 4,8% em Madri e o Piraeus Bank fechou em baixa de 6,3% em Atenas.

Fora do setor financeiro, as ações da AstraZeneca caíram 3,7% em Londres depois de a empresa anunciar que os resultados de testes comparativos entre um de seus medicamentos, o Crestor, e o Lipitor, da Pfizer, não demonstraram diferenças significativas na eficácia de ambos.

Os papéis da BP recuaram 3,6%. A Halliburton disse que abriu processos contra a petrolífera britânica num tribunal estadual do Texas. As ações são relacionadas ao vazamento de petróleo no Golfo do México em abril de 2010. As informações são da Dow Jones.

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