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Bolsas europeias caem puxadas por ações de bancos

Ações foram puxadas para baixo pelo declínio dos papéis de bancos após o Société Générale divulgar que será difícil atingir sua meta de lucro em 2012

Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 2,30%, a 6.640,59 pontos (Mario Vedder/AFP)

Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 2,30%, a 6.640,59 pontos (Mario Vedder/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 15h54.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em queda, puxados pelo declínio dos papéis de bancos após o Société Générale divulgar que será difícil atingir sua meta de lucro em 2012 por causa de baixas contábeis relacionadas a títulos da dívida da Grécia.

Segundo Joshua Raymond, estrategista do City Index, também contribuíram para a queda das bolsas europeias fatores como a divulgação de indicadores fracos sobre a economia, receios com as dívidas soberanas de membros da zona do euro e o risco de um potencial rebaixamento no rating (nota de risco) de crédito dos Estados Unidos. Ele acrescentou que "os balanços começaram bem, mas nas últimas semanas ficaram bastante amargos".

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,96%, para 251,95 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 2,34%, para 5.584,51 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 1,93%, para 3.454,94 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 2,30%, a 6.640,59 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 1,54%, para 17.006,02 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 0,85%, para 9.037,70 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 1,33%, para 6.538,16 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 3,76%, para 1.101,31 pontos.

Em Paris, as ações do Société Générale caíram 8,97% depois de o banco anunciar um declínio de 31% no lucro do segundo trimestre em comparação a igual período do ano anterior. O resultado foi pressionado por baixas contábeis em títulos gregos detidos pela instituição. O Société Générale também divulgou que sua meta de lucro para 2012, de 6 bilhões de euros (US$ 8,5 bilhões) "agora parece difícil de ser atingida".

Outros bancos também registraram queda, entre eles o Crédit Agricole, que caiu 6,57% em Paris, e o Commerzbank, que perdeu 3,71% em Frankfurt. Os bancos suíços, que inicialmente resistiram à onda de baixa, acabaram sucumbindo perto do fim do pregão. O UBS fechou em baixa de 1,6%, enquanto o Credit Suisse caiu 1,1%.

Hoje, o banco central da Suíça cortou a taxa básica de juro para zero e adotou outras medidas para conter a apreciação da moeda do país, o franco, que segundo a instituição está "amplamente supervalorizado". Boa parte da receita do UBS e do Credit Suisse é gerada em dólares, mas ambos possuem a maioria dos gastos em francos suíços.

Em Milão, o UniCredit foi a exceção do setor bancário e subiu 1,8% depois de anunciar um lucro maior que o previsto para o segundo trimestre.

No segmento petrolífero, a Cairn Energy fechou em baixa de 5,1% em Londres depois de anunciar que não conseguiu encontrar petróleo num poço na costa da Groenlândia. Entre as mineradoras, a BHP Billiton recuou 4,2% depois de ter a recomendação de seus papéis rebaixada para neutra, de acima da média, pelo Credit Suisse. O banco disse que a Rio Tinto, concorrente da companhia, é uma aposta melhor. Ainda assim, as ações da Rio Tinto caíram 3,9%. As informações são da Dow Jones.

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