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Bolsas europeias caem com preço do petróleo e tensão grega

O índice Stoxx 600 fechou o dia aos 339,79 pontos, com recuo de 0,21%

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 15h31.

São Paulo - Os riscos políticos na Grécia e uma nova queda nos preços do petróleo contaminaram o mercado acionário europeu e pressionaram as principais bolsas do continente a fechar o pregão desta quarta-feira, 10, em terreno negativo.

O índice Stoxx 600 fechou o dia aos 339,79 pontos, com recuo de 0,21%.

A divulgação do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que sinaliza uma redução na demanda pela commodity, e um surpreendente aumento dos estoques do produto mantidos pelos Estados Unidos fizeram o preço do petróleo despencar mais uma vez nesta quarta-feira.

O declínio afetou novamente os índices das principais bolsas europeias, levando a perdas em todos os mercados, a exceção de Frankfurt.

O humor dos investidores europeus também segue pautado pelas preocupações com Atenas. Diante da decisão do governo de antecipar as eleições para presidente, o Parlamento deve escolher um novo chefe de Estado no dia 17 de dezembro.

No entanto, se os representantes do Legislativo falharem em decidir quem será o sucessor de Karolos Papoulias, o país convocará eleições diretas.

Nesse caso, o receio do mercado é de uma vitória do partido Syriza, contrário às medidas de austeridade impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

A bolsa de Frankfurt chegou a recuar sob o peso dos estoques de petróleo nos EUA, mas a expectativa de investidores ante o resultado das operações direcionadas de refinanciamento de longo prazo (TLTROs) do Banco Central Europeu (BCE), a ser divulgado na quinta-feira, sustentaram o índice DAX em leve alta, de 0,06%, aos 9.799,73 pontos.

O mercado espera que o resultado dê ideias sobre os planos da autoridade monetária para estímulos no ano que vem.

O pessimismo dos investidores em relação ao mercado de petróleo prevaleceu em Londres.

O índice FTSE 100, que possui participação relevante de petroleiras, caiu 0,45% e encerrou o pregão na mínima do dia, a 6.500,04 pontos.

O mercado britânico foi impactado pelas perdas nas ações de companhias do segmento como a Shell (-2,37%) e a BP (-1,56%).

Em Paris, o mercado acionário reverteu ganhos após a abertura das bolsas em Wall Street e com o declínio dos papéis da petroleira Total, que caíram 1,6% no pregão.

O recuo no índice CAC-40 foi de 0,84% no pregão, para 4.227,91 pontos.

A queda em Lisboa foi auxiliada pelas perdas nas ações da Portugal Telecom, que hoje criticou abertamente a oferta de compra feita pela empresária Isabel dos Santos, a mulher mais rica da África.

Segundo a companhia, a quantia oferecida não condiz com o "valor intrínseco" da empresa.

Com isso, as ações da PT caíram 5,2% e o índice PSI 20 teve variação negativa de 1,94%, aos 4.976,52 pontos.

Em Atenas, o contexto político complicado levou o índice Athex a uma nova queda, após recuo de 12,78% no último pregão.

A variação negativa desta vez foi de 1,01%, para os 893,71 pontos.

Segundo operadores, o volume de negociações foi extremamente pequeno, com poucos vendedores derrubando os preços das ações e os compradores com receio de agirem no mercado.

As bolsas também caíram em Milão, onde o FTSE MIB recuou 0,89%, aos 19.217,69 pontos, e em Madri, com o Ibex 35 tendo queda de 0,62%, para os 10.396,90 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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