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Bolsas dos Estados Unidos ensaiam recuperação

Em dia de agenda fraca, os mercados ensaiam uma recuperação depois de dois pregões de quedas fortes por conta da proximidade da mudança da política monetária do Federal Reserve


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,26%, o Nasdaq ganhava 0,19% e o S&P 500 tinha alta de 0,35%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,26%, o Nasdaq ganhava 0,19% e o S&P 500 tinha alta de 0,35% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 11h41.

Nova York - Os índices futuros apontam para uma abertura em alta das bolsas norte-americanas nesta sexta-feira, 21. Em dia de agenda fraca nos Estados Unidos, os mercados ensaiam uma recuperação depois de dois pregões de quedas fortes por conta da proximidade da mudança da política monetária do Federal Reserve.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,26%, o Nasdaq ganhava 0,19% e o S&P 500 tinha alta de 0,35%.

A novidade desta manhã dentro das discussões sobre a mudança da política monetária foi um comunicado divulgado pelo presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, explicando seu voto dissidente na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) que terminou na última quarta-feira.

O dirigente diz que o banco central deveria ter esperado por sinais mais tangíveis de recuperação da economia norte-americana e de que a inflação não ia cair mais. Bullard destacou ainda que o próprio Fed cortou as projeções de crescimento econômico e de inflação dos Estados Unidos para 2013. Por isso, o comitê deveria ter esperado para dar mais detalhes sobre o plano de retirada dos estímulos.

Entre os economistas, a expectativa é de que o programa de estímulos vai mudar em setembro.

O analista-chefe da consultoria High Frequency Economics, especializada em análises econômicas e financeiras, Jim O'Sullivan, destaca que o tom mais otimista do comunicado e das projeções do Fed além das declarações de Bernanke, não deixam dúvida de que os estímulos monetários serão reduzidos em breve, provavelmente em setembro, segundo relatório da consultoria.


Se as previsões dos economistas se confirmarem e o Fed começar a reduzir os estímulos em setembro, será exatamente um ano depois de a estratégia ter sido anunciada. A terceira fase do relaxamento monetário (ou QE3, pelas iniciais em inglês) foi anunciada em setembro do ano passado e, ao contrário das duas anteriores, não tinha prazo determinado para acabar.

O estrategista do Credit Suisse, Andrew Gartwaite, avalia que os mercados parecem estar exagerando em sua reação à mudança na política monetária do Fed.

A previsão do banco suíço é que alterações também devem ocorrer em setembro, mas o ritmo de redução das compras mensais será pequeno. A previsão é que elas passem dos US$ 85 bilhões atuais para US$ 65 bilhões, com a paralisação total das compras apenas em algum momento do segundo semestre de 2014.

No noticiário corporativo, o banco UBS elevou a recomendação para as ações do Facebook de "neutro" para "compra". Uma das justificativas é a projeção de maior receita publicitária para a rede social.

O relatório também cita as novas tentativas de monetização dos serviços que o Facebook vem fazendo. Ontem, o presidente da empresa, Mark Zuckerberg, anunciou um serviço de vídeos para o Instagram, a rede de compartilhamento de fotos adquirida pelo Facebook. No pré-mercado, o papel subia 2,59%.

Já o Morgan Stanley anunciou hoje de manhã que recebeu aprovação regulatória para comprar a fatia final de 35% da Smith Barney detida pelo Citigroup. A aquisição será paga em dinheiro e vai custar US$ 4,7 bilhões. No pré-mercado, a ação do Morgan avançava 0,36%.

A Oracle, fabricante de softwares e hardwares, era destaque de queda nesta manhã no pré-mercado, recuando 8,01%. A empresa de tecnologia divulgou ontem após o fechamento do mercado resultados trimestrais e o lucro veio dentro do esperado, mas a receita de US$ 10,95 bilhões ficou abaixo das estimativas.

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