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Bolsas de NY têm rotas opostas por dado de serviços

Índice Dow Jones e S&P 500 tiveram queda, de 0,3% e 0,15% respectivamente, enquanto o Nasdaq avançou 3,36 pontos (0,09%)


	Dow Jones: índice perdeu 46,23 pontos (0,30%), fechando a 15.612,13 pontos
 (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones: índice perdeu 46,23 pontos (0,30%), fechando a 15.612,13 pontos (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 18h28.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em direções divergentes nesta segunda-feira, com pequenas oscilações, após um dado positivo sobre a atividade no setor de serviços dos Estados Unidos. Se, por um lado, o indicador aponta uma aceleração do crescimento, por outro, esse cenário animador pode levar o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) a reduzir suas ações de estímulo.

O índice Dow Jones perdeu 46,23 pontos (0,30%), fechando a 15.612,13 pontos. O S&P 500 recuou 2,53 pontos (0,15%), encerrando a sessão a 1.707,14 pontos. Já o Nasdaq avançou 3,36 pontos (0,09%) e terminou a 3.692,95 pontos.

Os relatórios de atividade do setor de serviços em ambos os lados do Oceano Atlântico trouxeram números positivos. O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), subiu para 56,0 em julho, de 52,2 em junho. Analistas esperavam uma alta do indicador para 53,3. O PMI de serviços da zona do euro atingiu 49,8 em julho, acima dos 49,6 previstos pelo mercado, e bem perto do patamar de 50, que passaria a indicar crescimento do segmento.

O presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, disse que o banco central dos EUA tem um "nó górdio monetário" para desatar, usando a expressão para um problema complicado de resolver. Segundo ele, o Fed deveria começar lentamente a reduzir suas compras mensais de bônus em setembro. Para o dirigente, a recente queda na taxa de desemprego fez com que as autoridades monetárias "ficassem mais próximas do modo de execução" na redução dos estímulos.

Nesse cenário, investidores aproveitaram para realizar lucros, após o Dow Jones e o S&P 500 terem renovado recordes na sexta-feira. "O mercado está se consolidando. Mesmo assim, após os indicadores positivos recentes, acredito que as ações ainda têm espaço para subir", afirmou Doug Cote, estrategista-chefe de mercado da ING US Investment Management.

No noticiário corporativo, as ações da Apple subiram 1,49%, ajudando o Nasdaq a fechar no positivo. A companhia foi beneficiada pela notícia de que o governo dos EUA vetou a proibição sobre a venda de alguns modelos de iPhones e iPads, que havia sido aprovada em junho pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA, uma agência federal independente que fornece aconselhamento para o Executivo e o Legislativo. Segundo essa agência, os modelos envolvidos infringem patentes da sul-coreana Samsung, mas o representante comercial dos EUA, Michael Froman, afirmou que a proibição de venda daria uma "alavancagem indevida" para o dono da patente, que deve continuar buscando seus direitos na Justiça.

O Facebook manteve sua recente trajetória de alta e terminou com ganho de 3%, a US$ 39,19, depois de ter fechado na sexta-feira pela primeira vez acima do preço da sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em maio de 2012.

Entre as blue chips, Ford (-1,77%), Travelers (-1,01%) e United Tech (-1,05%) lideraram as perdas. Nos destaques de alta estiveram Colgate-Palmolive, com valorização de 0,74%, e Dow Chemical, com ganho de 0,72%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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