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Bolsas de NY fecham em alta, beneficiadas por exterior

Os ganhos ocorreram mesmo com a queda forte das ações da Apple, após a decepção com o evento que marcou o lançamento de dois novos modelos do iPhone


	Bandeira da China em frente a construção: ações foram impulsionadas por indicadores positivos sobre a economia do país
 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg/Bloomberg)

Bandeira da China em frente a construção: ações foram impulsionadas por indicadores positivos sobre a economia do país (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 18h04.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 10, impulsionadas por indicadores positivos sobre a economia da China e com a diminuição de tensões relacionadas a uma intervenção militar na Síria.

Os ganhos ocorreram mesmo com a queda forte das ações da Apple, após a decepção com o evento que marcou o lançamento de dois novos modelos do iPhone.

O índice Dow Jones subiu 127,94 pontos (0,85%), finalizando a 15.191,06 pontos. O Nasdaq ganhou 22,84 pontos (0,62%), encerrando aos 3.729,02 pontos. O S&P 500 teve alta de 12,28 pontos (0,73%), terminando a 1.683,99 pontos. "É um alívio que o fogo sob a panela de pressão da Síria tenha sido reduzido", comenta Jack Ablin, diretor de investimento da BMO Private Bank.

Na madrugada saíram dados positivos na China. Em agosto, a indústria chinesa produziu 10,4% mais que em igual mês do ano passado e o varejo vendeu 13,4% mais na mesma comparação. Analistas previam altas de 9,9% na produção e de 13,2% nas vendas.

Os investimentos em ativos fixos não rurais no país avançaram 20,3% no período de janeiro a agosto, ante igual intervalo de 2012.

Na agenda de indicadores dos EUA, o único dado relevante foi o índice de otimismo das pequenas empresas, medido pela Federação Nacional de Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês), que caiu para 94,0 em agosto, de 94,1 em julho, ficando abaixo da previsão dos analistas, que esperavam alta para 94,5.

Enquanto isso, diminuíram os receios com a Síria. Uma proposta defendida na véspera pela Rússia, de que o regime de Bashar al-Assad entregue suas armas químicas para serem destruídas pela comunidade internacional, parece ganhar força.

Apesar de a proposta ser vista com ceticismo pelos Estados Unidos e alguns de seus aliados, o Congresso norte-americano adiou uma votação preliminar sobre a Síria que estava marcada para quarta-feira, 11, e a percepção é que um ataque se tornou menos iminente. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha uma reunião emergencial marcada nesta terça, também cancelou o encontro.

Mais cedo, a S&P Dow Jones Indices anunciou que Alcoa, Hewlett-Packard e Bank of America serão retirados do índice Dow Jones na próxima semana, na maior reformulação em quase dez anos. Serão substituídos por Nike, Visa e Goldman Sachs. As mudanças, que entrarão em vigor no fechamento da negociação no próximo dia 20, refletem os problemas enfrentados por essas empresas e o declínio dos preços de suas ações. Neste pregão, Alcoa perdeu 0,25%, HP recuou 0,40% e BofA teve valorização de 0,90%. Já a Nike avançou 2,20%, Visa subiu 3,37% e Goldman Sachs ganhou 3,54%.

A Apple, que lançou dois novos modelos do iPhone, perdeu 2,28%. Apesar de ter anunciado o novo iPhone 5C, versão mais barata para alcançar novos consumidores, e o modelo ponta de linha iPhone 5S, a companhia não revelou um acordo com a China Mobile, a maior operadora de telefonia celular da China, como se especulava.

A rede de fast food McDonald's divulgou que suas vendas globais no conceito mesmas lojas tiveram alta anual de 1,9% em agosto, o que levou as ações da companhia a ganhar 0,46% nesta sessão.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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