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Bolsas de Nova York devem abrir perto da estabilidade

No mercado futuro, o Dow Jones subia 0,01%, o Nasdaq ganhava 0,04% e o S&P 500 tinha alta de 0,09%

Operadores da Bolsa de Nova York: S&P 500 pode bater o 23º recorde neste ano (Scott Eells/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 11h09.

Nova York - Os índices futuros apontam para um abertura perto da estabilidade das bolsas dos Estados Unidos neste início de semana.

Em uma manhã de noticiário corporativo agitado, com fusões e aquisições bilionárias, os investidores esperam por dados da indústria e do setor de imóveis, que saem logo após a abertura do pregão e podem fazer o S&P 500 bater o 23º recorde neste ano.

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Às 10h20 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,01%, o Nasdaq ganhava 0,04% e o S&P 500 tinha alta de 0,09%.

O primeiro indicador do dia foi o índice de atividade nacional de maio, calculado pelo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Chicago. O índice ficou em +0,21, melhor que o nível negativo de 0,15 em abril.

Os números mais esperados, porém, saem depois da abertura do pregão. O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI) industrial, calculado pelo instituto Markit será divulgado às 10h45 (de Brasília).

Os economistas consultados pelo jornal Barron's esperam um número praticamente estável, de 56,5 em junho. O indicador final de maio ficou em 56,4, o maior nível desde fevereiro de 2011.

Na Europa, o PMI industrial de junho veio abaixo do esperado e caiu para 51,9. Já na China, o indicador medido pelo HSBC subiu para 50,8, o nível mais alto em sete meses. Números acima de 50 indicam atividade industrial em expansão.

Nos EUA, também serão divulgadas hoje as vendas de imóveis usados, com dados de maio.

Os economistas do Wells Fargo, um dos maiores bancos em financiamento imobiliário dos EUA, apostam em leve aumento de 0,6% nas vendas na comparação com abril, com o nível anualizado chegando a 4,68 milhões de residências.

O indicador será divulgado às 11h (de Brasília).

A avaliação do banco é que a tendência de recuperação no comércio de casas mostrada em abril, depois de vários meses de queda, deve continuar em maio, mas em ritmo mais lento.

"Não vemos o setor crescendo com números significativos no curto prazo", destacam os economistas em um relatório a clientes. Prova disso, dizem, foi a queda maior que o esperado nas construções de moradias iniciadas em maio, que recuaram 6,5%.

Salários estagnados nos EUA e bancos mais seletivos em dar hipotecas estão entre os fatores que explicam o menor ritmo de expansão.

A escalada da violência no Iraque, com cidades sendo tomadas pelos rebeldes insurgentes e relatos de centenas de mortes, segue no radar dos investidores, mas na semana passada acabou não tendo tanto impacto nas bolsas.

O S&P 500, que terminou a sexta-feira em nível recorde, o 22º no ano, acumulou alta de 1,4% na semana passada. O Nasdaq avançou 1,3%.

A sinalização de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não está com pressa para subir os juros ofuscou o conflito no Iraque e o aumento da tensão na Ucrânia.

"Apesar de elevar os preços do petróleo, a crise no Iraque não teve maiores reflexos nas bolsas. Mas como os desdobramentos destas questões geopolíticas podem facilmente surpreender, há o risco de que uma piora da situação no país possa ter impacto mais severo em Wall Street", escreve o economista-chefe da Nationwide Financial, Bryan Jordan.

Uma deterioração da crise no Iraque pode afetar a inflação e o crescimento nos EUA e nos resto do mundo, mas neste momento, destaca o economista, não há nenhum fator que sinalize alguma mudança do ritmo de recuperação da economia norte-americana.

No noticiário corporativo, a fabricante de softwares Oracle anunciou a compra da Micros Systems por US$ 5,3 bilhões.

Foi o maior negócio da Oracle, uma empresa com histórico de várias compras, desde a aquisição da Sun Microsystems em 2010 por US$ 7,3 bilhões. No pré-mercado, o papel da empresa subia 0,86% e o da Micros Systems ganhava 3,30%.

Também nesta manhã foi anunciado um outro negócio bilionário. A Wisconsin Energy comprou a Integrys Energy Group por US$ 9,1 bilhões, incluindo dinheiro, ações e dívidas.

As duas empresas vão fornecer gás e eletricidade para 4,3 milhões de norte-americanos em quatro estados dos EUA. No pré-mercado, a ação Integrys subia 11,98%.

Já a Allergan, que fabrica o Botox, recusou mais uma vez a proposta de aquisição da Valeant Pharmaceuticals International, que inclui troca de ações.

A proposta, de US$ 53 bilhões, foi classificada como inadequada pelo comando da empresa. A ação da Allergan subia 0,05%, depois de atingir alta de 2,31% mais cedo, no pré-mercado e da Valeant recuava 0,53%.

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