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Bolsas de Nova York abrem em queda em meio a incertezas

NYSE ativou a chamada "regra 48", para suavizar a abertura dos negócios, pela segunda vez na semana

Ontem as bolsas fecharam em alta após o Fed carimbar que a data de validade do ciclo de afrouxamento monetário é de mais dois anos (Mario Tama/Getty Images)

Ontem as bolsas fecharam em alta após o Fed carimbar que a data de validade do ciclo de afrouxamento monetário é de mais dois anos (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 13h37.

Nova York - As bolsas de Nova York até melhoraram o humor ontem, mas abriram hoje em terreno negativo, uma vez que as incertezas sobre a economia americana e a crise da dívida soberana europeia são cartas que continuam sobre a mesa. Às 10h33, o índice Dow Jones cedia 2,12%, o Nasdaq caía 2,49% e o S&P 500 recuava 1,83%. O ouro segue sua escalada rumo a US$ 1.800,00 a onça-troy.

A NYSE ativou a chamada "regra 48" para suavizar a abertura dos negócios, pela segunda vez na semana. A regra permite que os market makers não divulguem indicação de preços antes da abertura do pregão, para acelerar e facilitar a abertura das ações em dias em que o mercado deve registrar volatilidade.

Ainda nos EUA, há pelo menos agora uma certeza: os juros ficarão "excepcionalmente baixos", ou seja, na faixa de 0% a 0,25% até pelo menos meados de 2013, como garantiu ontem o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), após sua reunião de política monetária. Na Europa, autoridades não param de se movimentar para garantir que não se estabeleça o caos.

Na agenda doméstica americana hoje, saem dados sobre os estoques e as vendas do setor atacadista em junho, às 11h (de Brasília), e das contas do governo norte-americano em julho, às 15h.

Ontem as bolsas fecharam em alta após o Fed carimbar que a data de validade do ciclo de afrouxamento monetário é de mais dois anos, o que dará ao menos cinco anos de política de juro zero. Houve, no entanto, algum incomodo no mercado também pelo fato de que o Fed não anunciou de fato nenhuma medida, nem mesmo a prorrogação do prazo dos títulos do Tesouro (Treasuries), que seria um primeiro passo esperado. E também pelo fato de terem havido três dissidentes na reunião, algo que não ocorria desde 1992, mostrando que o presidente do banco central, Ben Bernanke, pode ter dificuldade em formar um consenso para usar os instrumentos de que dispõe para estimular a economia, caso necessário.

Na reta final ontem, as bolsas também teriam subido com rumores de que poderia haver uma ação coordenada do G-7 (grupo das sete maiores economias do mundo), com a participação da China, para ajudar a estabilizar os mercados, o que pelo menos até agora não se confirmou.

Mas ninguém está parado. O banco central da Suíça (SNB) anunciou medidas para reduzir a demanda por francos suíços, mas a iniciativa teve impacto momentâneo e a moeda voltou a subir. O Banco Central Europeu (BCE), por sua vez, comprou bônus italianos e espanhóis pelo terceiro dia seguido hoje, enquanto a França, temendo o risco de perder seu rating AAA, disse que prepara medidas de austeridade para diminuir ainda mais o déficit.

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