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Bolsas de Nova York fecham em queda

Investidores foram surpreendidos pelo índice de atividade industrial de Chicago, que registrou a maior alta em mais de 30 anos

Operador na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE): índice Dow Jones perdeu 73,01 pontos (0,47%), fechando aos 15.545,75 pontos (Scott Eells/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 17h54.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira, 31, após uma sessão volátil. Os investidores foram surpreendidos pelo índice de atividade industrial de Chicago, que registrou a maior alta em mais de 30 anos, contrariando a expectativa de queda. Os números foram vistos como uma motivação a mais para o Federal Reserve reduzir estímulos antes do esperado.

O índice Dow Jones perdeu 73,01 pontos (0,47%), fechando aos 15.545,75 pontos. O S&P 500 teve queda de 6,77 pontos (0,38%), encerrando a sessão aos 1.756,54 pontos. O Nasdaq recuou 10,91 pontos (0,28%), terminando a 3.919,71 pontos. No mês, o S&P 500 liderou os ganhos, com alta de 4,46%, seguido pelo Nasdaq (+3,93%) e Dow Jones (+2,75%).

A sessão encerrou um grande mês para as bolsas, que tiveram fortes altas em outubro, apesar da paralisação de 16 dias do governo americano. Os mercados não se importaram com a paralisação, em parte porque ela gerou a expectativa de que o Fed demoraria mais para reduzir estímulos. Evidências dos últimos dois dias, porém, afetaram essa perspectiva.

O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial de Chicago, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), saltou para 65,9 em outubro, de 55,7 em setembro, alcançando o maior nível desde março de 2011. O resultado contrariou a previsão dos analistas, de queda para 55, e marcou a maior alta do índice em mais de 30 anos.

"As notícias boas sobre a economia somente aumentam as chances de uma redução de estímulos começar mais cedo", disse Hank Smith, diretor de investimentos da Haverford Trust. "O que é mais importante para os investidores com uma perspectiva de prazo mais longo é se a política monetária continuará acomodatícia."

O outro dado do dia nos EUA, que era o mais aguardado, não provocou reação significativa dos mercados. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 10 mil, para 340 mil, na semana passada, ficando acima da previsão dos analistas, que esperavam 335 mil solicitações.

Na quarta-feira o Fed manteve sua política monetária inalterada conforme o esperado, mas surpreendeu os mercados ao não revisar sua avaliação mais otimista da economia, mesmo após os problemas fiscais enfrentados pelos EUA. Como resultado, os investidores agora se questionam se o BC norte-americano estaria mais disposto a reduzir suas compras mensais de bônus de US$ 85 bilhões já em dezembro. Antes do comunicado de ontem, predominava a expectativa de que essa redução ficaria para o ano que vem.

No noticiário corporativo, o destaque negativo foi a Visa, que fechou em queda de 3,09% e, sozinha, tirou 46 pontos do Dow Jones. As vendas da empresa cresceram menos que o esperado, apesar de o lucro ter alcançado a expectativa. Boeing (+0,63%), Exxon Mobil (+0,91%) e 3M (+0,85%) foram os destaques positivos entre as blue chips. A petroleira Exxon Mobil anunciou um lucro líquido 18% menor no terceiro trimestre, na comparação anual, pressionada pela significativa queda nas margens de refino.

Já as ações da ConocoPhillips tiveram alta modesta (+0,11%) após a empresa divulgar que teve alta de 38% no lucro do terceiro trimestre.

O papel da Avon, por outro lado, encerrou em queda de 21,88% após a companhia informar que os reguladores federais estão buscando aplicar multas maiores que as esperadas para resolver uma investigação de suborno envolvendo a Avon.

Na Europa, a maioria das bolsas avançou, impulsionadas por balanços positivos. A Bolsa de Frankfurt subiu 0,26%, Milão ganhou 0,96% e Madri avançou 1,32%, mas Londres recuou 0,68%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O índice Dow Jones perdeu 73,01 pontos (0,47%), fechando aos 15.545,75 pontos. O S&P 500 teve queda de 6,77 pontos (0,38%), encerrando a sessão aos 1.756,54 pontos. O Nasdaq recuou 10,91 pontos (0,28%), terminando a 3.919,71 pontos. No mês, o S&P 500 liderou os ganhos, com alta de 4,46%, seguido pelo Nasdaq (+3,93%) e Dow Jones (+2,75%).

A sessão encerrou um grande mês para as bolsas, que tiveram fortes altas em outubro, apesar da paralisação de 16 dias do governo americano. Os mercados não se importaram com a paralisação, em parte porque ela gerou a expectativa de que o Fed demoraria mais para reduzir estímulos. Evidências dos últimos dois dias, porém, afetaram essa perspectiva.

O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial de Chicago, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), saltou para 65,9 em outubro, de 55,7 em setembro, alcançando o maior nível desde março de 2011. O resultado contrariou a previsão dos analistas, de queda para 55, e marcou a maior alta do índice em mais de 30 anos.

"As notícias boas sobre a economia somente aumentam as chances de uma redução de estímulos começar mais cedo", disse Hank Smith, diretor de investimentos da Haverford Trust. "O que é mais importante para os investidores com uma perspectiva de prazo mais longo é se a política monetária continuará acomodatícia."

O outro dado do dia nos EUA, que era o mais aguardado, não provocou reação significativa dos mercados. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 10 mil, para 340 mil, na semana passada, ficando acima da previsão dos analistas, que esperavam 335 mil solicitações.

Na quarta-feira o Fed manteve sua política monetária inalterada conforme o esperado, mas surpreendeu os mercados ao não revisar sua avaliação mais otimista da economia, mesmo após os problemas fiscais enfrentados pelos EUA. Como resultado, os investidores agora se questionam se o BC norte-americano estaria mais disposto a reduzir suas compras mensais de bônus de US$ 85 bilhões já em dezembro. Antes do comunicado de ontem, predominava a expectativa de que essa redução ficaria para o ano que vem.

No noticiário corporativo, o destaque negativo foi a Visa, que fechou em queda de 3,09% e, sozinha, tirou 46 pontos do Dow Jones. As vendas da empresa cresceram menos que o esperado, apesar de o lucro ter alcançado a expectativa. Boeing (+0,63%), Exxon Mobil (+0,91%) e 3M (+0,85%) foram os destaques positivos entre as blue chips. A petroleira Exxon Mobil anunciou um lucro líquido 18% menor no terceiro trimestre, na comparação anual, pressionada pela significativa queda nas margens de refino.

Já as ações da ConocoPhillips tiveram alta modesta (+0,11%) após a empresa divulgar que teve alta de 38% no lucro do terceiro trimestre.

O papel da Avon, por outro lado, encerrou em queda de 21,88% após a companhia informar que os reguladores federais estão buscando aplicar multas maiores que as esperadas para resolver uma investigação de suborno envolvendo a Avon.

Na Europa, a maioria das bolsas avançou, impulsionadas por balanços positivos. A Bolsa de Frankfurt subiu 0,26%, Milão ganhou 0,96% e Madri avançou 1,32%, mas Londres recuou 0,68%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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