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Bolsas da Europa têm fortes ganhos com menor tensão comercial

A volta do apetite por risco, como resultado, acabou deixando em segundo plano vários indicadores econômicos desfavoráveis divulgados na região

Bolsas europeias exibem fortes ganhos desde a abertura dos negócios desta quinta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsas europeias exibem fortes ganhos desde a abertura dos negócios desta quinta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2018 às 08h55.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 08h56.

São Paulo - As bolsas europeias exibem fortes ganhos desde a abertura dos negócios desta quinta-feira, seguindo a recuperação de Nova York ontem, em meio a uma visão mais otimista de que EUA e China irão eventualmente superar suas discórdias comerciais. A volta do apetite por risco, como resultado, acabou deixando em segundo plano vários indicadores econômicos desfavoráveis divulgados na região.

Na tarde de ontem, os mercados acionários de Nova York apagaram fortes perdas de horas antes e fecharam com altas de 1% ou mais, diante de uma avaliação de que Washington e Pequim não deverão partir para uma guerra comercial declarada.

Na terça-feira (03), os EUA anunciaram a intenção de impor tarifas a mais US$ 50 bilhões em produtos da China. Ontem, veio a retaliação de Pequim, que revelou planos de taxar produtos americanos também no montante de US$ 50 bilhões, incluindo bens sensíveis, como soja, carros, aviões e produtos químicos.

O fato, porém, de que nenhum dos lados estabeleceu datas específicas para que as tarifas entrem em vigor gerou esperanças de que americanos e chineses provavelmente tentarão resolver o atual conflito por meio de negociações.

Com a melhora da perspectiva para o comércio global, investidores não deram atenção a uma bateria de dados decepcionantes publicados hoje na Europa.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 57,1 em fevereiro para 55,2 em março, atingindo o menor nível desde o início de 2017, segundo a IHS Markit. A leitura acima de 50, de qualquer forma, indicou que a atividade no bloco se expandiu pelo 57º mês consecutivo. Já as vendas no varejo do bloco subiram apenas 0,1% em fevereiro ante o mês anterior, bem menos do que o avanço de 0,5% projetado por analistas.

No Reino Unido, o PMI de serviços recuou de 54,5 em fevereiro para 51,7 em março, o menor patamar desde julho de 2016. Em junho daquele ano, a população britânica votou a favor do "Brexit", como é chamado o processo para a retirada do país da União Europeia.

Já na Alemanha, as encomendas à indústria da Alemanha tiveram alta de 0,3% na comparação mensal de fevereiro, bem aquém da projeção de acréscimo de 1,5%.

Às 7h50 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,27%, a de Paris avançava 1,80% e a de Frankfurt tinha alta de 1,93%. Os ganhos eram igualmente robustos em Madri (1,81%) , Milão (1,77%) e Lisboa (1,20%). No mercado de câmbio, o euro se enfraquecia marginalmente, a US$ 1,2276, e a libra tinha perdas mais acentuadas, cotada a US$ 1,4059. Com informações da Dow Jones Newswires.

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