Bolsas da Europa fecham em alta, apoiadas por CPI dos EUA e balanços, renovando recordes
Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,60%, a 524,78 pontos
Agência de notícias
Publicado em 15 de maio de 2024 às 14h42.
Última atualização em 15 de maio de 2024 às 14h43.
As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 15, apoiadas pela publicação de balanços e os dados de inflação dos Estados Unidos em abril. Os números impulsionaram perspectivas de uma postura mais branda do Federal Reserve ( Fed, o banco central norte-americano), cenário que ajudou as bolsas de Londres, Frankfurt e Paris a renovarem seus recordes de fechamento.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,60%, a 524,78 pontos. Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,21%, a 8.445,80 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,17%, a 8.239,99 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,82%, a 18.869,36 pontos.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano subiu 0,3% em abril ante março, abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,4%.
Para a Oxford Economics, o dado é um pequeno passo na direção certa, mas não justifica mudanças na previsão de que o Fed só anunciará seu primeiro corte de juros em setembro e outro em dezembro. A consultoria avalia que o Fed está confortável em manter a atual restrição da política monetária, por enquanto, mas prevê que uma redução de juros virá em setembro se a inflação e a economia vierem em linha com suas expectativas.
O integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau disse hoje que o BCE "muito" provavelmente começará a reduzir juros em junho. Em entrevista à RTL, Villeroy de Galhau acrescentou que o BCE está comprometido a reduzir a inflação da zona do euro do atual nível de 2,4% para a meta oficial de 2% até o ano que vem. O banco poderá cortar juros se sua confiança no retorno sustentável da inflação em direção à meta continuar se fortalecendo, reiterou o dirigente Colli Rehn.
A taxa anual de inflação da zona do euro deverá cair em ritmo mais rápido do que projetado anteriormente, uma vez que o crescimento econômico do bloco segue anêmico, e atingir a meta oficial de 2% do BCE em 2025, segundo novo relatório de projeções econômicas da Comissão Europeia publicado nesta quarta.
Da temporada de balanços europeus, Commerzbank e Experian agradaram com seus últimos resultados. A ação do segundo maior banco alemão subiu 5,13% em Frankfurt e a da empresa britânica de gestão de informações e bancos de dados saltou 8,41% em Londres.
Por outro lado, a grife britânica de artigos de luxo Burberry não apenas teve queda no lucro do ano fiscal de 2024, como previu que o primeiro semestre do ano fiscal de 2025 será "desafiador". No mercado inglês, a ação da Burberry tombou 6,10% arrastando outras tradicionais empresas do ramo de luxo, como as francesas LVMH e Kering, que tinham perdas de cerca de 0,37% e 0,63% em Paris.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,61%, a 35.366,20 pontos. Em Madri, o Ibex35 avançou 1,10%, a 11.362,80 pontos. Em Lisboa, o PSI teve alta de 0,75%, a 6.971,10 pontos.