Mercados

Bolsas asiáticas ampliam ganhos com alta do petróleo

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, mostrou alta de 0,8%, a 2.938,51 pontos


	China: o Xangai Composto, principal índice acionário chinês, mostrou alta de 0,8%, a 2.938,51 pontos
 (seewhatmitchsee/Thinkstock)

China: o Xangai Composto, principal índice acionário chinês, mostrou alta de 0,8%, a 2.938,51 pontos (seewhatmitchsee/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 07h57.

São Paulo - As bolsas da Ásia e do Pacífico ampliaram nesta segunda-feira os ganhos do fim da semana passada, à medida que a valorização recente do petróleo impulsionou o setor de energia na região e os investidores continuaram especulando sobre a adoção de novas medidas de estímulo por grandes bancos centrais.

O mercado australiano, o principal da Oceania, destacou-se ao registrar a maior alta em mais de um mês e fechar no azul pelo terceiro pregão consecutivo.

O S&P/ASX 200, índice que reúne as ações mais negociadas em Sydney, subiu 1,8% hoje, terminando o dia na máxima da sessão, a 5.006,60 pontos.

No setor petrolífero, sobressaíram-se Woodside Petroleum (+3,8%), Oil Search (+2,6%) e Santos (+4,2%), além de empresas menores, como Beach Energy (+10,8%) e Drillsearch Energy (+7,6%).

Em Hong Kong, o Hang Seng encerrou os negócios com avanço de 1,36%, a 19.340,14 pontos. Também da área de energia, CNOOC, PetroChina e Sinopec subiram 4,8%, 1,5% e 1,6%, respectivamente, no território semiautônomo.

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, mostrou alta de 0,8%, a 2.938,51 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, que tem menor abrangência, avançou 1%, a 1.845,78 pontos. A China Oilfield foi destaque positivo em Xangai, com um salto de 4,78% em suas ações.

Nos mercados da China continental e em Hong Kong, o dia foi de fortes ganhos também para companhias siderúrgicas e produtoras de carvão, após o governo chinês reforçar a promessa de cortar o excesso de capacidade nessas indústrias, na última sexta-feira.

Analistas também citaram comentários de porta-vozes do Partido Comunista chinês como um sinal de que Pequim está disposto a sustentar as bolsas.

Em sua edição internacional, o jornal People's Daily afirmou que os investidores que vêm tomando posições vendidas em ações chinesas estão "condenados a fracassar", enquanto a agência de notícias Xinhua alertou, em artigo publicado em inglês no último dia 23, que os que estão envolvidos em "ações especulativas" deverão "sofrer enormes perdas".

Para o diretor de Finanças da Guoyuan Securities, Simon Wang, até mesmo a retomada de ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações, que normalmente tende a pressionar os negócios na China, pode favorecer os mercados locais ao atrair mais investidores e recursos financeiros. Nesta semana, está prevista a subscrição de quatro IPOs de empresas chinesas.

O bom humor na Ásia também foi alimentado pela expectativa de novos estímulos monetários.

Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) preparou o terreno para ampliar ainda mais sua política de relaxamento monetário, talvez já na reunião de março, alimentando especulação de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) possa agir também no encontro desta semana, na quinta e sexta-feira.

Já o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) se reúne amanhã e quarta-feira, mas a previsão é que mostre uma postura "dovish", ou seja, favorável a estímulos, e mantenha os juros básicos inalterados, após elevá-los pela primeira vez desde 2006 no mês passado.

Em mercados asiáticos menores, o índice Taiex, de Taiwan, avançou 1,78% nesta segunda, a 7.894,15 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,74% em Seul, a 1.893,43 pontos, e o filipino PSEi teve alta de 3,6%, a 6.434,08 pontos. 

Acompanhe tudo sobre:AçõesÁsiabolsas-de-valoresChinaMetrópoles globaisXangai

Mais de Mercados

Mais Smart Fit nas ruas: companhia aumenta projeção de abertura de unidades em 2024 para até 300

Fomc, pacote fiscal, repercussão do Copom e balanço da Petrobras: o que move o mercado

Nissan anuncia corte de vagas de emprego para conter queda nos lucros

Recuperação no mercado de smartphones impulsiona resultados da Qualcomm