Bolsa comemora condenação de Lula e dólar fica em R$ 3,20
Sérgio Moro condenou ex-presidente a nove anos e seis meses de prisão por caso tríplex; índice voltou ao patamar de 64 mil pontos
Rita Azevedo
Publicado em 12 de julho de 2017 às 14h14.
Última atualização em 12 de julho de 2017 às 17h17.
São Paulo -- O Ibovespa ampliou os ganhos na tarde desta quarta-feira, depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a nove anos e meio de cadeia. O principal índice da Bolsa fechou em alta de 1,68% aos 64.903 pontos.
Pouco antes das 14h -- antes da notícia sobre a condenação -- o principal índice da Bolsa operava em leve alta de 0,07% a 63.875 pontos. Quinze minutos depois, o Ibovespa tinha ganhos de 1,11% a 64.539 pontos. Às 16h, o índice subia 1,47%, na casa dos 64.771 pontos.
As ações da Petrobras lideravam os ganhos no dia. Os papéis preferenciais fecharam em alta de 5,11%, sendo negociado em 12,96 reais. Os papéis ordinários registraram valorização de 3,83% em 13,57 reais.
O dia da empresa na Bolsa também foi influenciado pela alta do petróleo no mercado internacional e pelos resultados de julgamentos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) favoráveis à petroleira, além da aprovação do conselho de administração da Petrobras da abertura de capital da BR Distribuidora.
O dólar, que começou o dia em queda, passou a cair ainda mais após a notícia. Às 16h, a moeda norte-americanarecuava 1,19%, a 3,214 reais. No final do dia, a moeda registrou desvalorização de 1,40% ficando em 3,20 reais. É o menor níveldesde 17 de maio passado (3,1337 reais), último pregão antes da divulgação de delação de empresários do grupo J&F que atingiu em cheio o presidente Michel Temer.
A derrocada da moeda norte-americana afetava as exportadoras na Bolsa. Fibria e Embraer caíam mais de 2%, enquanto Klabin e Suzano recuavam em torno de 1,5%.
Condenação
O ex-presidentefoi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá, investigado no âmbito da Operação Lava Jat o .
Apesar disso, Moro não pediu a prisão preventiva de Lula. “Poderá o ex-Presidente Luiz apresentar a sua apelação em liberdade”, escreve o juiz em sua decisão.