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Bolsa recua levemente com a cena política em foco

Às 11:18, o Ibovespa caía 0,87 por cento, a 84.470 pontos

Bovespa: principal índice de ações da B3 recuava levemente nos primeiros negócios desta sexta-feira (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Bovespa: principal índice de ações da B3 recuava levemente nos primeiros negócios desta sexta-feira (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 6 de abril de 2018 às 10h11.

Última atualização em 6 de abril de 2018 às 11h27.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 recuava levemente na manhã desta sexta-feira, em meio ao viés negativo externo após novos desdobramentos no embate comercial entre Estados Unidos e China, e com a cena política doméstica também em foco, após ordem de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Às 11:18, o Ibovespa caía 0,87 por cento, a 84.470 pontos. O volume financeiro era de 2,18 bilhões de reais.

Em nota a clientes, a equipe da Coinvalores destacou que o noticiário em torno da política comercial norte-americana segue em destaque, após o presidente Donald Trump avaliar a imposição de tarifas adicionais à importação em produtos chineses, dificultando ainda mais a realização de acordos no curto prazo.

Trump disse na quinta-feira que instruiu autoridades comerciais do país a avaliarem 100 bilhões de dólares em tarifas adicionais sobre a China "diante da retaliação injusta da China" contra sobretaxas impostas anteriormente pelos EUA.

Em Wall Street, o S&P 500 recuava 0,46 por cento, tendo ainda no radar números do mercado de trabalho norte-americano.

No Brasil, conforme destacou a XP Investimentos em nota a clientes, a sessão é marcada pela expectativa em torno da prisão do ex-presidente Lula. O juiz Sérgio Moro determinou a prisão deLula no caso do tríplex no Guarujá e deu prazo até as 17h desta sexta-feira para começar a cumprir a pena.

Uma fonte ligada ao PT disse à Reuters que Lula decidiu que não se entregará às autoridades.

Destaques

- PETROBRAS PN cedia 0,80 por cento e PETROBRAS ON subia 0,04 por cento, tendo como pano de fundo a falta de definição dos preços do petróleo no exterior. A petroleia também anunciou nesta sexta-feira o início da fase vinculante dos processos de cessão da totalidade dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção em três conjuntos de campos: Polos Pargo, Sergipe e Merluza, localizados nos Estados do Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo, respectivamente.

- RD perdia 2,63 por cento, entre as maiores quedas, com relatório do Credit Suisse cortando estimativas de lucros e reduzindo a recomendação das ações para 'underperform' ante 'outperform' e o preço-alvo para 68 reais ante 80 reais anteriormente. "Pausa para respirar", foi o título do relatório dos analistas liderados por Tobias Stingelin, que ainda veem fundamentos sólidos para a empresa.

- BRF ON perdia 2,68 por cento, tendo no radar reunião do conselho de administração nesta sexta-feira, em meio a impasse entre os acionistas da companhia sobre nova composição do colegiado da empresa. Na véspera, a BRF divulgou comunicado citando resposta do presidente do conselho, Abilio Diniz, e dos fundos de pensão Previ e Petros, de que ainda não foi atingido acordo sobre a futura composição do colegiado.

- AMBEV cedia 3,20 por cento, também pressionando o Ibovespa, em meio a expectativas pouco otimistas para o resultado dos primeiros três meses do ano. O Itaú BBA cortou previsão para o Ebitda do primeiro trimestre em 13 por cento, citando previsões de temperaturas mais frias e com chuvas bem como preços do alumínio.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,29 por cento e BRADESCO PN perdia 0,48 por cento, pressionando o Ibovespa, em razão da relevante fatia que ambos detêm no índice.

- JBS tinha elevação de 1,01 por cento, recuperando-se após perdas na semana, que contabilizavam até a quinta-feira recuo de 4,5 por cento.

- GOL PN, que não está no Ibovespa, subia 8,62 por cento, tendo como pano de estimativa da companhia aérea, divulgada na quinta-feira após o fechamento do mercado, de alta de cerca de 5,5 pontos percentuais na margem operacional (Ebit) do primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017, para a faixa de 15 a 15,5 por cento. O movimento era endossado pela alta dos preços-alvo dos ADRs (recibo de ação negociado nos EUA) da companhia pelo Morgan Stanley e BofA Merrill Lynch, sendo que este último também elevou recomendação dos papéis para 'compra'.

- ELETROPAULO ON, que também não está no Ibovespa, saltava 9,81 por cento, após a companhia de energia elétrica Energisa anunciar no final da quinta-feira oferta para comprar a Eletropaulo, com preço por ação de 19,38 reais. ENERGISA UNIT recuava 1,92 por cento.

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