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Bolsa recua com ajustes após recordes com Previdência; Petrobras avança

Às 11:38, o Ibovespa caía 0,71 %, a 105.063,92 pontos

Bolsa: na quarta, o Ibovespa renovou a máxima histórica de fechamento (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsa: na quarta, o Ibovespa renovou a máxima histórica de fechamento (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de julho de 2019 às 10h18.

Última atualização em 11 de julho de 2019 às 11h44.

São Paulo — A bolsa paulista tinha uma sessão de ajustes nesta quinta-feira, após o Ibovespa renovar máximas na véspera, com agentes repercutindo a aprovação do texto principal da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados, além de notícias corporativas, como oferta do IRB Brasil.

Às 11:38, o Ibovespa caía 0,71 %, a 105.063,92 pontos. O volume financeiro somava 4,95 bilhões de reais.

Na quarta-feira, antes do desfecho na Câmara, o Ibovespa chegou a superar os 106 mil pontos pela primeira vez em sua história. O índice encerrou o pregão, contudo, a 105.817,06 pontos, ainda assim recorde de fechamento e representando um ganho acumulado em 2019 de 20,4%.

Em Brasília, o texto principal da reforma da Previdência foi aprovado por 379 votos a 131, placar bem superior aos três quintos exigidos para a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o que agradou. Mas a matéria ainda tem um longo percurso a percorrer.

"Hoje o mercado está realizando no fato. Não podemos esquecer que a bolsa subiu de 95 mil para 105 mil em poucos dias", explicou o gestor de portfólio Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos, citando que havia pessoas esperando esse momento para realizar ganhos,

Ele acrescentou que vê um cenário muito positivo para os próximos anos, mas que, no curto prazo, correções podem ser saudáveis. "Com o tempo podemos ver investidores mais estruturais entrando no lugar de especuladores de curto prazo, pois o risco de ruptura diminuiu de forma considerável."

O Bank of America Merrill Lynch reiterou sua previsão de Ibovespa a 120 mil pontos no final do ano, argumentando que a aprovação da reforma previdenciária ainda em 2019 poderia desencadear um 're-rating' do Ibovespa, enquanto corte nos juros neste ano continuaria a transferir fluxo de recurso para ações

O Bradesco BBI elevou o preço-alvo do Ibovespa para o final de 2019 de 116 mil para 122 mil pontos.

Destaques

- IRB BRASIL caía 3,9%, após a BB Seguridade anunciar início da oferta secundária de ações da empresa de resseguros, em operação vai envolver cerca de 84 milhões de papéis ordinários. BB SEGURIDADE subia 0,6%.

- BANCO DO BRASIL cedia 1,9%, em sessão de relativa fraqueza de ações de bancos do Ibovespa, com BRADESCO em baixa de 1,8% e ITAÚ UNIBANCO cedendo 0,75%. Do noticiário, o Itaú planeja expandir sua unidade de banco comercial buscando novos nichos de negócios, incluindo no agronegócio.

- SABESP disparava 4,9%, após comentários do governador do Estado de São Paulo, João Doria, de que a privatização da empresa de saneamento é a melhor opção para a companhia. Na máxima, o papel subiu 6,46%, para 52,70 reais, recorde intradia.

- PETROBRAS ON subia 2% e PETROBRAS PN avançava 1,2%, tendo de pano de fundo relatório de analistas do Goldman Sachs, iniciando a cobertura dos papéis com recomendação de 'compra'. A companhia também começou fase não vinculante de venda de sua fatia na Compañia Mega, na Argentina.

- ELETROBRAS ON subia 2%, também entre as maiores altas. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse em entrevista à GloboNews na noite de quarta-feira que o governo deve arrecadar cerca de 18 bilhões de reais com o processo de capitalização da companhia, que irá desestatizar elétrica.

- VALE tinha acréscimo de 0,4%, apesar do recuo dos preços do minério de ferro na China. O Deutsche Bank elevou o preço-alvo dos ADRs da mineradora para 15 dólares ante 13 dólares. O Bradesco BBI também incluiu os papéis da companhia em sua carteira.

- BANCO INTER, que não está no Ibovespa, caía 5,2%, após anunciar que contratou bancos para coordenar potencial oferta pública subsequente (follow-on) de units de até 1 bilhão de reais.

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