Plataforma da OGX: ações da companhia estão em queda livre há meses e têm tido perdas acentuadas nos últimos pregões, com rumores de um calote iminente da companhia (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 12h47.
São Paulo - A BM&FBovespa emitiu nesta segunda-feira comunicado informando os procedimentos a serem adotados caso a negociação de ativos no mercado a vista seja suspensa, em um momento em que a OGX , de Eike Batista, enfrenta dificuldades de caixa e crescem as chances de que a petroleira peça recuperação judidicial.
Sem mencionar a petroleira, a bolsa paulista enviou comunicado a agentes do mercado informando que a negociação de ativos no mercado a vista será interrompida caso seu emissor apresente pedido de recuperação judicial ou extrajudicial, ou ainda que ocorra "decretação de intervenção, liquidação extrajudicial ou administração especial temporária no emissor".
A bolsa também detalhou os procedimentos a serem tomados no mercado de opções e no serviço de empréstimo de ativos no caso de suspensão das negociações no mercado a vista.
As ações da OGX estão em queda livre há meses e têm tido perdas acentuadas nos últimos pregões, com rumores de um calote iminente da companhia. A OGX deve 3,6 bilhões de dólares para detentores de bônus no exterior e 900 milhões de dólares para a companhia de construção naval OSX, também parte do Grupo EBX, de Eike.
No sábado, a revista Veja afirmou que OGX e OSX entrarão com pedidos de recuperação judicial em duas semanas, sem citar fontes. Em uma reportagem separada, o jornal Folha de S.Paulo disse que a OGX já decidiu não pagar nesta semana 45 milhões de dólares referentes à remuneração de bônus.
Os papéis de OGX e OSX operavam em seus patamares mínimos históricos nesta segunda-feira. Às 12h38, a ação da OGX tombava 14,29 por cento, a 0,24 real, enquanto a da OSX recuava 13,04 por cento, a 0,60 real.
No mesmo instante, o Ibovespa --do qual o papel da OSX não faz parte-- caía 1,7 por centol.