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Bolsa fecha em baixa de 0,43% e perde os 68 mil pontos

Por Márcio Rodrigues São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou o quarto pregão consecutivo de baixa e seguiu descolada dos mercados internacionais, refletindo o temor de um aperto imediato na política monetária chinesa, assim como uma conjuntura interna nebulosa e repleta de dúvidas, especialmente no que diz respeito à condução […]

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 17h47.

Por Márcio Rodrigues

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou o quarto pregão consecutivo de baixa e seguiu descolada dos mercados internacionais, refletindo o temor de um aperto imediato na política monetária chinesa, assim como uma conjuntura interna nebulosa e repleta de dúvidas, especialmente no que diz respeito à condução da política monetária. Os receios em relação à situação fiscal da Europa continuam limitando o apetite por risco.

O índice Bovespa (Ibovespa) fechou em baixa de 0,43%, aos 67.879,46 pontos e acumula perda de 2,70% na semana. Na mínima do dia, o índice recuou 0,90%, aos 67.563 pontos. Na máxima, a Bolsa teve alta de 0,57%, aos 68.561 pontos. No mês, a Bolsa brasileira tem perda de 5,30% e no ano, de 1,03%. O volume financeiro negociado somou R$ 6,16 bilhões.

Segundo analistas, a perspectiva de uma alta no juro da China e as incertezas sobre a condução da política monetária no Brasil ajudaram a manter a Bolsa brasileira descolada de seus pares internacionais nesta semana. "Isso derrubou, nos últimos pregões, papéis ligados a commodities e também os atrelados ao consumo interno", analisa Fausto Gouveia, economista-chefe da Legan Asset.

Dentro do setor financeiro, as units do Santander, porém, tiveram o maior ganho do dia (+3,06%). "Os papéis do Santander foram os que mais sofreram com a recente queda das ações do setor financeiro. Além disso, estão abaixo do valor do IPO", avaliou um operador. Itaú Unibanco PN caiu 1,39%, Bradesco PN cedeu 0,94% e Banco do Brasil ON recuou 1,31%.

O desempenho negativo das ações das credenciadoras de cartões completou o dia ruim para as financeiras. Cielo ON teve a maior queda do dia (-4,92%). Redecard ON teve perda de 2,97%. Segundo analistas, desagradou a notícia de que o Citibank, por meio da subsidiária Credicard, decidiu disputar o mercado brasileiro da chamada adquirência (área que faz a comunicação das transações com cartões de crédito e débito entre os estabelecimentos e a bandeira), dominado pelas duas empresas.

As ações de construtoras também estão entre as que mais sofrem com as incertezas que pairam sobre a política monetária. Hoje, todos os papéis do setor fecharam no terreno negativo, com destaque para MRV ON (-3,44%), PDG Realty ON (-2,11%) e Cyrela ON (-1,66%). Afeta ainda essas empresas a possibilidade de crescimento menor da economia em 2011.

A queda do Ibovespa só não foi maior porque Petrobras e Vale, as duas maiores empresas do mercado acionário local, exibiram ganhos. Os papéis ON e PN da estatal petrolífera tiveram altas de 1,44% e 1,60%, respectivamente, enquanto as ações ON e PNA da mineradora avançaram 1,10% e 0,43%, na ordem.

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