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Bolsa espera mais de 20 operações no mercado de capitais em 2019

B3 e CVM discutem a possibilidade de empresas brasileiras abertas no exterior serem negociadas também aqui, via BDR ou dupla listagem. É o caso da Stone

Gilson Finkelsztain, presidente da B3: neste ano, o Brasil teve dois IPOs e diversos follow ons (YouTube/Reprodução)

Gilson Finkelsztain, presidente da B3: neste ano, o Brasil teve dois IPOs e diversos follow ons (YouTube/Reprodução)

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Natália Flach

Publicado em 1 de julho de 2019 às 12h30.

Última atualização em 11 de julho de 2019 às 16h46.

São Paulo - O número de operações no mercado de capitais deve superar as expectativas da bolsa de valores B3 do início do ano, que estimava que haveria de 20 a 30 aberturas de capital e ofertas subsequentes (follow ons, termo em inglês) em 2019. Gilson Finkelsztain, presidente da B3, afirma que a projeção de 20 operações "passou a ser o piso".

"Este é só o segundo IPO (oferta inicial de ações), mas tivemos vários follow ons, desde que Localiza e IRB destravaram a pauta", diz Finkelsztain, nesta segunda-feira (1), durante evento do IPO da empresa de energia Neoenergia, que levantou 3,74 bilhões de reais. No fim da manhã, os papéis da Neoenergia negociados no Novo Mercado subiam 7,86%.

A primeira oferta inicial do ano foi do e-commerce Centauro que captou, em abril, 772 milhões de reais.

Segundo Finkelsztain, os coordenadores da oferta da Neoenergia disseram que o número de investidores foi recorde, que houve demanda muito superior à oferta. "Houve muita demanda de pessoas físicas, e só 15% a 20% conseguiram ser alocadas. Nessa tocada, vamos ter muito mais, vai ser um ano bem alegre para o mercado de capitais."

Sobre os IPOs de empresas brasileiras realizados no exterior, como as adquirentes Stone e PagSeguro, além de companhias de educação Arco Educação e de saúde Hapvida, Finkelsztain afirma que está na pauta fazer com que essas companhias também possam ser listadas na B3 e acessadas por investidores brasileiros. Hoje, existe uma restrição para esse movimento de empresas que tenham mais de 50% de seus negócios no Brasil, mas que escolheram ser negociadas no exterior.

"Estamos com uma agenda muito ativa com a Comissão de Valores Mobiliários e com o grupo da Iniciativa de Mercado de Capitais (IMK), que conta com representantes do Banco Central, para que a gente possa endereçar esse problema", diz. Não há data para essa possível mudança regulatória entrar em vigor, mas Finkelsztain acredita que poderá ser aprovada nos próximos meses. "Isso pode ser possível via BDR (recibos de ações estrangeiras negociadas no Brasil) ou via dupla listagem."

 

 

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