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Bolsa de Tóquio encerra 2013 com maior alta desde 1972

Índice Nikkei registrou ganhos de 56,72% no acumulado do ano. A Bolsa de Tóquio permanecerá fechada durante a semana e retomará as negociações em 6 de janeiro.

Bolsa do Japão: resultado em 2013 foi o melhor dos últimos 31 anos (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 05h38.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio encerrou o último pregão do ano em alta. Com isso, o índice Nikkei registrou ganhos de 56,72% no acumulado do ano, no melhor desempenho anual desde 1972. De longe, esse é o melhor desempenho para um mercado acionário na Ásia durante o ano.

O índice Nikkei encerrou o dia com alta de 0,69%, aos 16.291,31 pontos, na maior pontuação de fechamento desde 2 de novembro de 2007 e na maior série de ganhos no ano, com 9 pregões seguidos em alta.

A Bolsa de Tóquio permanecerá fechada durante toda a semana e retomará as negociações somente em 6 de janeiro.

Uma moeda mais fraca ajudou as ações japonesas a alcançarem um bom desempenho, impulsionando os ganhos de papéis de empresas exportadores. No ano, o dólar se valorizou mais de 21% ante o iene, sendo que durante a madrugada a moeda renovou a máxima de cinco anos ante o iene.

No mesmo horário do fechamento da Bolsa de Tóquio, a moeda norte-americana era negociada a 105,37 ienes, de 104,80 ienes no fechamento do pregão de sexta-feira.

As políticas do governo do Japão que levaram à desvalorização do iene fazem parte de um plano do primeiro-ministro Shinzo Abe para reanimar a economia do país, há muito tempo estagnada.

Nas últimas semanas, o anúncio de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) começará a retirada dos estímulos à economia em janeiro pressionou ainda mais o iene, o que se soma às expectativas de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) anunciará novas medidas de estímulos nos próximos meses.

Com a desvalorização do iene , as ações de exportadores como as da Kyocera e as da Mitsui Fudosan registraram ganhos neste pregão, com altas de 1,4% e 2,0%, respectivamente.

O estrategista-chefe da Daiwa Securities, Junya Naruse, lembrou que não há riscos imediatos no cenário doméstico ou global à frente. Ele também notou que a pressão vendedora de investidores japoneses caiu à medida que o prazo limite para se aproveitar de um imposto menor sobre ganhos de capital e dividendos já passou.

No primeiro dia de 2014, o imposto sobre ganho de capital deve subir para 20%, de 10%, sendo que os investidores poderiam se beneficiar do imposto mais baixo até 25 de dezembro.

"As ações japonesas continuarão a negociar inversamente ao desempenho do iene, como tem sido o padrão para a maior parte deste ano", disse o copresidente da Symphony Financial Partners David Baran.

Baran explicou que se o governo japonês conseguir mostrar aos investidores que há algum progresso nos esforços de reestruturação, como menos tarifas comerciais, impostos corporativos menores e incentivando a entrada de mais mulheres no mercado de trabalho, os investidores estrangeiros podem aumentar a exposição às ações japonesas.

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Tóquio - A Bolsa de Tóquio encerrou o último pregão do ano em alta. Com isso, o índice Nikkei registrou ganhos de 56,72% no acumulado do ano, no melhor desempenho anual desde 1972. De longe, esse é o melhor desempenho para um mercado acionário na Ásia durante o ano.

O índice Nikkei encerrou o dia com alta de 0,69%, aos 16.291,31 pontos, na maior pontuação de fechamento desde 2 de novembro de 2007 e na maior série de ganhos no ano, com 9 pregões seguidos em alta.

A Bolsa de Tóquio permanecerá fechada durante toda a semana e retomará as negociações somente em 6 de janeiro.

Uma moeda mais fraca ajudou as ações japonesas a alcançarem um bom desempenho, impulsionando os ganhos de papéis de empresas exportadores. No ano, o dólar se valorizou mais de 21% ante o iene, sendo que durante a madrugada a moeda renovou a máxima de cinco anos ante o iene.

No mesmo horário do fechamento da Bolsa de Tóquio, a moeda norte-americana era negociada a 105,37 ienes, de 104,80 ienes no fechamento do pregão de sexta-feira.

As políticas do governo do Japão que levaram à desvalorização do iene fazem parte de um plano do primeiro-ministro Shinzo Abe para reanimar a economia do país, há muito tempo estagnada.

Nas últimas semanas, o anúncio de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) começará a retirada dos estímulos à economia em janeiro pressionou ainda mais o iene, o que se soma às expectativas de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) anunciará novas medidas de estímulos nos próximos meses.

Com a desvalorização do iene , as ações de exportadores como as da Kyocera e as da Mitsui Fudosan registraram ganhos neste pregão, com altas de 1,4% e 2,0%, respectivamente.

O estrategista-chefe da Daiwa Securities, Junya Naruse, lembrou que não há riscos imediatos no cenário doméstico ou global à frente. Ele também notou que a pressão vendedora de investidores japoneses caiu à medida que o prazo limite para se aproveitar de um imposto menor sobre ganhos de capital e dividendos já passou.

No primeiro dia de 2014, o imposto sobre ganho de capital deve subir para 20%, de 10%, sendo que os investidores poderiam se beneficiar do imposto mais baixo até 25 de dezembro.

"As ações japonesas continuarão a negociar inversamente ao desempenho do iene, como tem sido o padrão para a maior parte deste ano", disse o copresidente da Symphony Financial Partners David Baran.

Baran explicou que se o governo japonês conseguir mostrar aos investidores que há algum progresso nos esforços de reestruturação, como menos tarifas comerciais, impostos corporativos menores e incentivando a entrada de mais mulheres no mercado de trabalho, os investidores estrangeiros podem aumentar a exposição às ações japonesas.

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