Por Hélio Barboza

Tóquio - A Bolsa de Tóquio fechou com um ganho modesto depois que a desvalorização do iene, particularmente contra o euro, ajudou as ações de exportadoras como Toyota e Mazda e se contrapôs às preocupações acerca de um possível aperto na política monetária chinesa. O índice Nikkei 225 terminou em alta de 8,76 pontos, ou 0,1%, e fechou aos 10.022,39 pontos.

O pregão abriu no território positivo, impulsionado por vários fatores positivos, incluindo o rali de ontem nas bolsas dos EUA, o retorno bem-sucedido da GM ao mercado de ações e a elevação dos preços de commodities, como petróleo e ouro.

Fundos de hedge estrangeiros recompraram ações japonesas antes de fechar suas carteiras em novembro, disse Naoteru Teraoka, gerente geral da corretora Chuo Mitsui Asset Management. "Se até o fim do ano o Nikkei não conseguir atingir seu recorde de fechamento do ano (11.339,30 pontos, registrado em 5 de abril), significará que o rali se baseou apenas em recompras de ações e não em uma mudança para uma posição otimista em relação às ações japonesas", afirmou Teraoka.

Mas a Bolsa fechou bem distante de suas máximas intraday, ante a persistente preocupação com o novo aperto monetário a ser adotado pelo governo chinês. Algumas realizações de lucros também ocorreram, uma vez que o índice subiu fortemente desde o fim de outubro.

"Há esperança de que parte dos recursos investidos nos mercados emergentes esteja se desviando para o mercado japonês, mas será difícil as ações japonesas continuarem subindo em meio a um tendência de baixa na Ásia em geral", afirmou Yutaka Miura, analista da Mizuho Securities. Ele previu que o Nikkei oscilará na faixa dos 9.800 a 10.200 pontos na próxima semana, com o foco em dados econômicos que serão divulgados nos EUA, como as vendas de bens duráveis e de novas residências. As informações são da Dow Jones