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Bolsa cai à mínima em dois meses após ata do Copom

Estratégia do governo ainda desagrada investidores

A ata da última reunião do Copom mostrou que, para o BC, o aperto monetário deve ser "suficientemente prolongado" (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 12h28.

São Paulo - O mau humor continuava a dominar a bolsa brasileira nesta quinta-feira, com o principal índice perto dos menores níveis em dois meses, em meio à desconfiança de parte do mercado com o combate à inflação e após notícias corporativas ruins.

Às 12h03, o Ibovespa caía 1,38 por cento, a 65.348 pontos. A minima do dia, a 65.139 pontos, foi o menor patamar desde fevereiro. O giro financeiro do pregão era de 2,67 bilhões de reais.

O movimento era generalizado e atingia ações de praticamente todos os setores. Os nove papéis com maior volume dentro do Ibovespa caíam, com Vale PN em baixa de 0,43 por cento, a 46,07 reais, e Petrobras PN em queda de 1,40 por cento, a 25,38 reais.

OGX Petróleo , às voltas com o mau humor do mercado desde que divulgou em 15 de abril um relatório sobre reservas, era especialmente golpeada, despencando 5,92 por cento, a 15,42 reais.

A queda do Ibovespa acontecia a despeito do comportamento de Nova York, onde os índices Standard & Poor's 500 e Dow Jones se mantinham perto da estabilidade.

Para analistas, o desconforto dos investidores com a estratégia gradualista do governo para combater a inflação pode ser responsável pelo aumento da aversão a risco.

"Essa questão da inflação, essa dificuldade de comunicação do Banco Central, tudo isso está dando um pouco de mau humor no mercado", disse José Góes, analista econômico da Win Trade, home broker da Alpes Corretora.

"O mercado está fraco em todos os segmentos. A sensação que eu tenho é que a deterioração no sentimento local e global está afetando fortemente a procura por ações, especialmente por parte dos estrangeiros", afirmou Debora Morsch, sócia diretora da corretora Solidus.

"Uma preocupação é que as expectativas de inflação não conseguem ser ancoradas e isso gera uma incerteza", completou.

Pela manhã, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou que, para o Banco Central, o aperto monetário deve ser "suficientemente prolongado". A expressão indicou ao mercado que a autoridade monetária prefere distribuir o aumento dos juros em várias reuniões, com elevações de intensidade menor. [ID:nN28254088] A safra de balanços também colaborava para o tom negativo.

A siderúrgica Usiminas PNA caía 2,93 por cento, a 16,21 reais, após divulgar um lucro trimestral de apenas 16 milhões de reais. Natura recuava 3,15 por cento, a 43,34 reais, após divulgar lucro líquido de 150,5 milhões de reais no primeiro trimestre. Redecard era uma das poucas que destoava das quedas, com alta de 4,43 por cento, a 23,55 reais. A empresa teve lucro líquido de 281,3 milhões de reais.

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São Paulo - O mau humor continuava a dominar a bolsa brasileira nesta quinta-feira, com o principal índice perto dos menores níveis em dois meses, em meio à desconfiança de parte do mercado com o combate à inflação e após notícias corporativas ruins.

Às 12h03, o Ibovespa caía 1,38 por cento, a 65.348 pontos. A minima do dia, a 65.139 pontos, foi o menor patamar desde fevereiro. O giro financeiro do pregão era de 2,67 bilhões de reais.

O movimento era generalizado e atingia ações de praticamente todos os setores. Os nove papéis com maior volume dentro do Ibovespa caíam, com Vale PN em baixa de 0,43 por cento, a 46,07 reais, e Petrobras PN em queda de 1,40 por cento, a 25,38 reais.

OGX Petróleo , às voltas com o mau humor do mercado desde que divulgou em 15 de abril um relatório sobre reservas, era especialmente golpeada, despencando 5,92 por cento, a 15,42 reais.

A queda do Ibovespa acontecia a despeito do comportamento de Nova York, onde os índices Standard & Poor's 500 e Dow Jones se mantinham perto da estabilidade.

Para analistas, o desconforto dos investidores com a estratégia gradualista do governo para combater a inflação pode ser responsável pelo aumento da aversão a risco.

"Essa questão da inflação, essa dificuldade de comunicação do Banco Central, tudo isso está dando um pouco de mau humor no mercado", disse José Góes, analista econômico da Win Trade, home broker da Alpes Corretora.

"O mercado está fraco em todos os segmentos. A sensação que eu tenho é que a deterioração no sentimento local e global está afetando fortemente a procura por ações, especialmente por parte dos estrangeiros", afirmou Debora Morsch, sócia diretora da corretora Solidus.

"Uma preocupação é que as expectativas de inflação não conseguem ser ancoradas e isso gera uma incerteza", completou.

Pela manhã, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou que, para o Banco Central, o aperto monetário deve ser "suficientemente prolongado". A expressão indicou ao mercado que a autoridade monetária prefere distribuir o aumento dos juros em várias reuniões, com elevações de intensidade menor. [ID:nN28254088] A safra de balanços também colaborava para o tom negativo.

A siderúrgica Usiminas PNA caía 2,93 por cento, a 16,21 reais, após divulgar um lucro trimestral de apenas 16 milhões de reais. Natura recuava 3,15 por cento, a 43,34 reais, após divulgar lucro líquido de 150,5 milhões de reais no primeiro trimestre. Redecard era uma das poucas que destoava das quedas, com alta de 4,43 por cento, a 23,55 reais. A empresa teve lucro líquido de 281,3 milhões de reais.

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