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Bolsa cai 3%; 24 bi em privatizações…

Em queda, de novo O Ibovespa operou o dia todo em baixa, fechando em queda de 3,01%, em 56.925 pontos. É a menor cotação desde 2 de agosto. A queda se acentuou no início da tarde, quando um relatório da Agência Internacional de Energia revelou que a demanda global por petróleo deve cair no ano […]

Ferrovia transnordestina: queda de investimentos em transportes (Divulgação/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 19h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h42.

Em queda, de novo

O Ibovespa operou o dia todo em baixa, fechando em queda de 3,01%, em 56.925 pontos. É a menor cotação desde 2 de agosto. A queda se acentuou no início da tarde, quando um relatório da Agência Internacional de Energia revelou que a demanda global por petróleo deve cair no ano que vem, diante de um provável menor consumo na Ásia. O relatório derrubou o preço do petróleo futuro em 3% e do minério de ferro em 2,92%, e afetou principalmente as ações das mineradores e petroleiras. As ações ordinárias da Petrobras fecharam o dia em queda de 7,42%. As siderúrgicas também caíram: a Gerdau fechou o dia com a maior queda, 8,54%; a Usiminas caiu 7,71% e a CSN caiu 7,05%. As bolsas caíram mundo afora: a Nasdaq caiu 1,09% e o índice Dow Jones terminou em queda de 1,4%.

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Dólar cai, exportadoras sobem

O dólar subiu 2,09% nesta terça-feira, encerrando o dia cotado em 3,31 reais. É a maior cotação desde 7 de julho. A notícia impulsionou as empresas exportadoras. A fabricante de aeronaves Embraer subiu 0,77%, o frigorífico JBS subiu 1,12% e as empresas de papel e celulose Suzano e Fibria subiram 0,95% e 1,69%, respectivamente. Foram também as maiores altas do Ibovespa em dia de forte queda.

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Recuperação e falências aumentam

Os pedidos de recuperação judicial no comércio aumentaram 106,9% de janeiro a julho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015. Foram 387 requerimentos nos sete primeiros meses do ano, mais que o dobro dos 187 realizados no ano passado. O setor de serviços também teve aumento de registros: 427, ante 252 em 2015. Quanto às falências, o setor que mais deu entrada a pedidos foi o de serviços, que passou de 361 nos sete primeiros meses do ano passado para 421 neste ano. Na indústria, as falências subiram de 355 para 385. O comércio, no entanto, manteve-se estável, com 240 pedidos.

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Varejo vende menos

As vendas no comércio varejista caíram 0,3% no comparativo de julho para junho, segundo informou nesta terça-feira o IBGE. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, a queda foi mais acentuada, 5,3%, o pior resultado para o mês de julho desde que o IBGE iniciou as medições. Já são 16 meses seguidos de queda nas vendas do varejo no país, na comparação anual. Nos primeiros sete meses do ano, a queda nas vendas já acumulou 6,7%, índice bem próximo do recuo acumulado dos últimos 12 meses, 6,8%. Os editais serão avaliados pelo TCU e devem obedecer a critérios ambientais. Além disso, serão publicados em inglês para atrair investidores estrangeiros.

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Privatizações à vista

O governo do presidente Michel Temer anunciou que deve privatizar ou conceder 25 projetos até o final de 2018. Os ativos vão desde rodovias, ferrovias, portos, mineração até geração e distribuição de energia elétrica e saneamento. Os primeiros projetos devem ser quatro aeroportos (Porto Alegre, Fortaleza, Florianópolis e Salvador), além de outros dois terminais portuários, que devem ter seus editais divulgados ainda neste ano.

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Privatizações à vista 2

Após a primeira reunião do conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), o secretário executivo do conselho, Wellington Moreira Franco, afirmou que a meta é arrecadar 24 bilhões de reais em 2017 com o programa de concessões. Apenas pela outorga de contratos de usinas hidrelétricas é esperado que sejam arrecadados 11 bilhões. “Quando você tem um déficit fiscal de 170,5 bilhões de reais, o sacrifício que se impõe à população é brutal. E sem investimento não há crescimento e não há emprego”, disse Franco.

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Privatizações à vista 3

Para auxiliar os projetos de infraestrutura a ter viabilidade financeira, o governo criou um fundo de investimento no valor de 32 bilhões de reais para aplicação nos projetos. O intuito é aumentar a geração de emprego e as taxas de crescimento no país. Do montante total, 12 bilhões virão do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) e de 10 bilhões a 20 bilhões devem vir do BNDES. O governo emitirá debêntures para auxiliar na captação de recursos. A prioridade do fundo é investir em projetos de infraestrutura, deixando as empresas de lado, para não cair no erro de projetos malfeitos, como aconteceu com a Operação Lava-Jato. O governo anunciou também mudanças na forma de financiamento de longo prazo para os projetos de concessão. Na fase das obras, o risco de crédito será assumido pelos bancos públicos.

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