Bolsa avança à espera de dados nos EUA e eleições no Congresso
Às 11h02, o Ibovespa subia 0,27 por cento, a 97.656,06 pontos. O volume financeiro somava 1,49 bilhão de reais
Reuters
Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 10h14.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2019 às 11h38.
São Paulo - A bolsa paulista sustentava o viés positivo na manhã desta sexta-feira, antes de dados de emprego dos Estados Unidos , com agentes financeiros também monitorando as eleições no Congresso brasileiro e potenciais efeitos à agenda econômica do governo.
Às 11h02, o Ibovespa subia 0,27 por cento, a 97.656,06 pontos. O volume financeiro somava 1,49 bilhão de reais.
Na véspera, o Ibovespa subiu 0,41 por cento, a 97.393,74 pontos. Na máxima, atingiu 98.405,21 pontos, nova máxima intradia.
O Departamento de Trabalho norte-americano divulga às 11h30 (horário de Brasília) seu amplamente monitorado relatório sobre o mercado de trabalho nos EUA, que ganha ainda mais atenção após sinalizações "dovish" do Federal Reserve.
Para o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, se os números vierem muito fortes, o Fed poderá ficar em situação um pouco embaraçosa e o mercado começar a questionar a sinalização de pausa no processo de normalização monetária.
As atenções no plano doméstico estão voltadas para Brasília, para as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, previstas para o final do dia.
"O foco está no Senado, com a chance de eleição de Renan Calheiros (MDB-AL) para comandar a Casa. Todo mundo está tentando analisar os potenciais impactos no governo de Jair Bolsonaro", disse o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez.
Além de Renan, também são pré-candidatos a presidir o Senado Alvaro Dias (Podemos-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA), Esperidião Amin (PP-SC), José Reguffe (sem partido-DF), Major Olímpio (PSL-SP) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Na Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) busca a reeleição ao comando da Casa, com a concorrência incluindo vários nomes, entre eles Fábio Ramalho (MDB-MG).
A primeira sessão do fevereiro também era marcada por ajustes nos portfólios para o mês.
Destaques
- VALE subia 1,4 por cento, corroborando do lado positivo, enquanto segue volátil após rompimento de barragem da companhia deixar mais de 100 mortos até o momento e centenas de pessoas desaparecidas. Papéis de siderúrgicas também avançavam, com GERDAU PN em alta de 1,9 por cento.
- PETROBRAS PN cedia 0,23 por cento, em sessão sem viés definido nos preços do petróleo no exterior.
- ITAÚ UNBANCO PN tinha acréscimo de 0,44 por cento, com balanço previsto para a segunda-feira, após o fechamento do mercado. BANCO DO BRASIL tinha queda de 0,3 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT subia 0,1 por cento, enquanto BRADESCO PN cedia 1,24 por cento, após fortes ganhos na véspera.
- LOJAS RENNER subia 0,8 por cento, ampliando a valorização acumulada em 2019, com agentes financeiros também na expectativa do balanço trimestral da varejista de moda, previsto para a próxima semana, no dia 7.
- EDP BRASIL valorizava-se 3 por cento, tendo de pano de fundo comentários de maneira geral positivos de analistas do Itaú BBA em relatório, com elevação do preço-alvo de 18 para 23 reais e manutenção da recomendação 'outperform'.
- COSAN cedia 1,1 por cento, no segundo pregão negativo, em meio a ajustes, após atingir na quarta-feira máxima de fechamento desde fevereiro de 2018.