BofA ML vê valor justo do Ibovespa 9,6% menor
Se o Brasil perder o grau de investimento em nota soberana de crédito, o valor justo estimado para o Ibovespa pode cair 9,6%, diz Bank of America Merrill Lynch
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 16h44.
SÃO PAULO - O Bank of America Merrill Lynch calcula uma queda de 9,6 por cento no seu valor justo estimado para o Ibovespa caso o Brasil perca o grau de investimento em sua nota soberana de crédito, conforme relatório divulgado nesta quarta-feira.
O modelo econométrico do BofA ML aponta para a possibilidade de o Brasil ser rebaixado para "junk" pela Standard & Poor's , que atualmente classifica o Brasil como "BBB-", e para "Baa3" ante "Baa2" pela Moody's, no segundo caso ainda dentro da faixa de grau de investimento.
O estrategista de ações do banco para a América Latina, Felipe Hirai, avalia que o mercado já precifica boa parte do risco de perda do grau de investimento, mas ainda assim estima que sua meta para o Ibovespa cairá 9,6 por cento se o custo de capital das empresas aumentar em 0,75 ponto percentual no caso de o país realmente ficar sem o status obtido sete anos atrás.
Ele não colocou no relatório qual a sua meta em pontos para o principal índice da bolsa paulista, mas disse que investidores começaram a ficar aflitos com tal risco "dada a recente deterioração fiscal, fraco crescimento e riscos de curto prazo, como Petrobras e racionamento".
O BofA ML avalia que a nova equipe econômica do governo brasileiro tem mostrado um forte comprometimento para resolver a debilidade fiscal no país, o que pode prevenir o rebaixamentoda nota de crédito do país.
A equipe de estratégia de renda fixa e câmbio para emergentes do banco colocou o Brasil nesta semana em uma lista entre os países com risco de perder o grau de investimento, mas citou que o comprometimento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de trazer o superávit fiscal para acima de 2 por cento em 2016 deve manter tal status neste ano.
Ainda assim, lembraram que a Moody's tem uma perspectiva negativa e ponderaram que o crescimento econômico deve continuar baixo, assim veem chances de um rebaixamento do rating este ano como uma possibilidade, o que levaria a nota para o nível de classificação da Standard & Poor.
A nota da S&P é a primeira dentro da escala de grau de investimento, lembra a equipe do Bofa ML.
No caso da Fitch Ratings, os economistas e estrategistas do banco norte-americano veem risco de mudanças na perspectiva para negativa em 2015. A nota, nesse caso, é "BBB".
SÃO PAULO - O Bank of America Merrill Lynch calcula uma queda de 9,6 por cento no seu valor justo estimado para o Ibovespa caso o Brasil perca o grau de investimento em sua nota soberana de crédito, conforme relatório divulgado nesta quarta-feira.
O modelo econométrico do BofA ML aponta para a possibilidade de o Brasil ser rebaixado para "junk" pela Standard & Poor's , que atualmente classifica o Brasil como "BBB-", e para "Baa3" ante "Baa2" pela Moody's, no segundo caso ainda dentro da faixa de grau de investimento.
O estrategista de ações do banco para a América Latina, Felipe Hirai, avalia que o mercado já precifica boa parte do risco de perda do grau de investimento, mas ainda assim estima que sua meta para o Ibovespa cairá 9,6 por cento se o custo de capital das empresas aumentar em 0,75 ponto percentual no caso de o país realmente ficar sem o status obtido sete anos atrás.
Ele não colocou no relatório qual a sua meta em pontos para o principal índice da bolsa paulista, mas disse que investidores começaram a ficar aflitos com tal risco "dada a recente deterioração fiscal, fraco crescimento e riscos de curto prazo, como Petrobras e racionamento".
O BofA ML avalia que a nova equipe econômica do governo brasileiro tem mostrado um forte comprometimento para resolver a debilidade fiscal no país, o que pode prevenir o rebaixamentoda nota de crédito do país.
A equipe de estratégia de renda fixa e câmbio para emergentes do banco colocou o Brasil nesta semana em uma lista entre os países com risco de perder o grau de investimento, mas citou que o comprometimento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de trazer o superávit fiscal para acima de 2 por cento em 2016 deve manter tal status neste ano.
Ainda assim, lembraram que a Moody's tem uma perspectiva negativa e ponderaram que o crescimento econômico deve continuar baixo, assim veem chances de um rebaixamento do rating este ano como uma possibilidade, o que levaria a nota para o nível de classificação da Standard & Poor.
A nota da S&P é a primeira dentro da escala de grau de investimento, lembra a equipe do Bofa ML.
No caso da Fitch Ratings, os economistas e estrategistas do banco norte-americano veem risco de mudanças na perspectiva para negativa em 2015. A nota, nesse caso, é "BBB".