Mercados

BNDES terá mais R$1 bi para financiar construção de armazéns

Ampliação dos recursos ocorre num momento em que o governo brasileiro tem destinado mais financiamentos para tentar reduzir o déficit de armazenagem no país


	Prédio do BNDES: além da taxa de juro menor, o banco ampliou o prazo de pagamento para 180 meses, incluindo uma carência de até três anos, contra 144 meses anteriormente
 (Vanderlei Almeida/AFP)

Prédio do BNDES: além da taxa de juro menor, o banco ampliou o prazo de pagamento para 180 meses, incluindo uma carência de até três anos, contra 144 meses anteriormente (Vanderlei Almeida/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 15h07.

São Paulo - O programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para armazenagem, o BNDES Cerealista, terá mais 1 bilhão de reais para financiar a construção e ampliação de silos e estruturas auxiliares, informou o banco nesta quinta-feira.

O BNDES Cerealista, que contava com 500 milhões disponíveis para contratação, foi criado em abril de 2008, para apoiar o desenvolvimento, modernização e ampliação da capacidade de armazenagem do Brasil.

A ampliação dos recursos ocorre num momento em que o governo brasileiro tem destinado mais financiamentos para tentar reduzir o déficit de armazenagem no país, um dos maiores produtores agrícolas do mundo.

O governo prevê liberar 25 bilhões de reais em financiamentos pelos próximos cinco anos para investimentos em armazenagem.

O BNDES informou ainda que o volume de 1 bilhão de reais em recursos estará disponível com juros de 3,5 por cento ao ano, em comparação aos 5 por cento ao ano (TJLP) acrescidos das remunerações do BNDES e do agente financeiro anteriormente.

Além da taxa de juro menor, o banco ampliou o prazo de pagamento para 180 meses, incluindo uma carência de até três anos, contra 144 meses anteriormente.

As novas condições passarão a valer para operações contratadas até 31 de dezembro de 2013.

Segundo a nota do BNDES, devem ser beneficiadas empresas cerealistas, com sede e administração no Brasil, que exerçam as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar e comercializar produtos in natura de origem vegetal.

A alteração foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, em sua reunião no final de junho e agora foi referendada pela diretoria do BNDES.

De 2008 até o final de abril deste ano, foram registradas 106 operações via BNDES Cerealista, com desembolsos de 221,8 milhões de reais.

A insuficiência de armazéns para estocar acaba levando produtores a vender os grãos à medida que avança a colheita, concentrando o escoamento da safra e pressionado as cotações no mercado.

A armazenagem da crescente safra de grãos do Brasil representa um desafio especialmente para o Centro-Oeste do país, grande produtor agrícola que está distante dos portos exportadores.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasBNDESInvestimentos de governo

Mais de Mercados

Klabin distribui R$ 1,11 bi em dividendos e emite novas ações

Stellantis vai levar minicarro elétrico da Fiat aos EUA após fala de Trump

Lenda dos investimentos compara Oriente Médio ao Vale do Silício

Coisas estranhas em Wall Street: séries podem derrubar ações da Netflix