BNDES: a última vez que o banco estatal de desenvolvimento acessou o mercado externo foi em setembro de 2013, quando captou US$ 2,5 bilhões por meio de dois bônus (Vanderlei Almeida/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 08h09.
São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou uma emissão externa de 650 milhões de euros, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
A demanda pela operação, conforme as mesmas fontes, ficou em 1,8 bilhão de euros. O título foi emitido em uma tranche com prazo de cinco anos.
O papel teve preço de 99,292% do valor de face e yield (taxa de retorno) de 3,783%, conforme uma fonte de mercado. Já o cupom (juro nominal), de acordo com a mesma fonte, foi de 3,625%.
Para um executivo de mercado, o interesse dos investidores pela operação do BNDES não foi "tão bom" por conta do atual momento do banco, que tem sido criticado em meio aos elevados desembolsos que tem feito.
No ano passado, a instituição emprestou R$ 190 bilhões, montante 22% maior em relação a 2012, segundo dados preliminares.
Atraso
A necessidade de explicar melhor a qualidade do seu risco aos investidores, conforme uma fonte, atrasou a ida do BNDES ao mercado, uma vez que a operação era aguardada para a semana passada.
Esse prazo maior foi necessário, segundo a mesma fonte, para a definição de uma taxa de juros adequada e ainda para equacionar dúvidas de investidores.
A emissão do banco público foi coordenada por Deutsche Bank, JPMorgan e Santander e recebeu rating Baa2 da agência de classificação de risco Moodys e BBB da Standard & Poors.
A última vez que o banco estatal de desenvolvimento acessou o mercado externo foi em setembro de 2013, quando captou US$ 2,5 bilhões por meio de dois bônus (com prazos de três e dez anos). A operação teve demanda superior a US$ 11,5 bilhões, conforme registrou o Broadcast no dia da operação.
Na semana passada, a Petrobras abriu o mercado para emissores brasileiros no exterior em 2014, ao captar 3,05 bilhões de euros e mais 600 milhões em libras esterlinas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.