Mercados

BM&FBovespa prepara 1o derivativo de petróleo no Brasil

O presidente da bolsa, Edemir Pinto, também anunciou a unificação das câmaras de compensação como forma de reduzir os custos

Edemir Pinto, presidente-executivo da BM&FBovespa: novos contratos no segundo semestre (Luciana Cavalcanti/VOCÊ S.A.)

Edemir Pinto, presidente-executivo da BM&FBovespa: novos contratos no segundo semestre (Luciana Cavalcanti/VOCÊ S.A.)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 16h08.

São Paulo - A BM&FBovespa prepara o lançamento de novos contratos no segundo semestre com o intuito de aumentar a liquidez do mercado de derivativos no Brasil, incluindo um mini contrato da soja, mini S&P500 e um derivativo inédito de petróleo, disse o presidente-executivo da bolsa nesta quinta-feira.

Os novos instrumentos são parte da parceria firmada com a Chicago Mercantile Exchange (CME), que possibilitarão aos investidores negociar contratos listados nos Estados Unidos a partir do Brasil.

Além disso, a iniciativa permitirá que pequenos e médios investidores também tenham acesso a contratos de hedge, sem ter que abrir conta e se associar a corretoras em outro país.

"A parceria com a CME, com o 'cross listing' (listagem cruzada) de produtos negociados nos Estados Unidos, permitirá dar mais liquidez ao mercado", disse Edemir Pinto, presidente-executivo da BM&Fbovespa, no intervalo do Seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2011 e 2012.

As regras para o novo derivativo de petróleo estão em fase de elaboração, mas o executivo explicou que ele deve operar "como um espelho do contrato de petróleo sendo negociado hoje na Nymex".

O executivo considera que não haverá migração de mercado, mas que os novos contratos atuarão como facilitadores de acesso a estes mercados.

Fusão

Edemir Pinto também informou que a bolsa trabalha para concluir a última etapa da fusão das quatro clearing houses (câmaras de compensação) da BM&F e da Bovespa dos mercados de derivativos, ações, câmbios e ativos.

"É o último projeto da fusão e trabalhamos para apresentar ao mercado. Faremos o risco integrado, algo que ainda não se viu ainda em nenhuma bolsa do mundo", afirmou.

O executivo explica que, atualmente, o operador que atua em dois mercados distintos tem que depositar duas margens referentes a cada uma destas operações. A partir desta mudança prevista, o depósito de margem vai considerar o risco líquido a partir do saldo de todas as operações em bolsa --incluindo até o mercado de balcão.

Com isso, a BM&Fbovespa considera que poderá haver uma economia de 20 a 25 por cento, mas Edemir Pinto ressalta que em alguns casos poderá chegar a 40 por cento. Este novo sistema deve estar concluído no primeiro trimestre de 2012 e operando no segundo trimestre do mesmo ano.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresEdemir PintoEmpresasEmpresas abertasExecutivosExecutivos brasileirosPersonalidadesservicos-financeiros

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol