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Bernanke dita cautela após otimismo com EUA e Europa

Em audiência no Congresso, presidente do Federal Reserve disse que a taxa de desemprego não deverá recuar, a menos que o crescimento econômico acelere

O índice Dow Jones caía 0,09 por cento, a 12.992 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 0,15 por cento, a 1.370 pontos, e o Nasdaq perdia 0,25 por cento, aos 2.979 pontos (Daniel Barry/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 16h35.

São Paulo - A cautela dava a tônica nas praças financeiras globais nesta quarta-feira, com investidores realizando lucros nas bolsas de valores após comentários do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke .

Em audiência no Congresso, ele disse que a taxa de desemprego não deverá recuar, a menos que o crescimento econômico acelere. Bernanke evitou, no entanto, sinalizar novas compras de títulos pelo Fed.

O mercado revertia os ganhos de mais cedo, quando uma injeção de liquidez maior que a esperada do Banco Central Europeu (BCE) e dados melhores que o estimado sobre o crescimento da economia norte-americana no quarto trimestre deflagraram um rali que ajudou a elevar os índices de ações em Nova York a máximas em vários anos.

No Brasil, o dólar chegou a subir mais de 1 por cento, após o Banco Central intervir duas vezes no mercado de câmbio para estancar a depreciação da moeda, que na véspera havia fechado abaixo do "piso informal" de 1,70 real pela primeira vez desde outubro do ano passado.

O BC vendeu 1,523 bilhão de dólares em leilão de swap cambial reverso -que funciona como uma compra de dólar no mercado futuro- e adquiriu moeda também no mercado à vista.

O BC vem comprando dólares mesmo em um ambiente de fluxo negativo. Houve déficit cambial de 1,269 bilhão de dólares na semana passada, período em que foram liquidados 150 milhões de dólares em aquisições do BC realizadas no mercado à vista.

A autoridade monetária divulgou também que o setor público brasileiro registrou superávit primário de 26,016 bilhões de reais em janeiro, o melhor resultado para esse mês desde o início da série histórica, em 2001.

O número favorecia a queda nos contratos de DI, com o mercado ainda repercutindo declarações feitas na véspera pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, sugerindo a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário.


No mercado de ações, o Ibovespa oscilava perto da estabilidade, pressionado pela fraqueza nos pregões em Nova York. As bolsas dos EUA eram afetadas por um movimento de realização de lucros, depois de os principais índices baterem máximas em vários anos.

O Nasdaq, por exemplo, chegou a superar os 3 mil pontos pela primeira vez desde dezembro de 2000. Mais cedo, dados mostrando crescimento acima do esperado na economia norte-americana chegaram a dar suporte aos mercados.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anualizada de 3 por cento, a maior desde o segundo trimestre de 2010, informou o Departamento de Comércio em sua segunda estimativa.

O bom humor inicial também foi amparado pela segunda operação de financiamento barato do BCE. Os bancos tomaram 530 bilhões de euros na oferta, aumentando as esperanças de que o crédito flua para empresas e os governos e beneficie a economia.

Veja como estavam os principais mercados financeiros às 15h27 desta quarta-feira:

CÂMBIO O dólar era cotado a 1,7149 real, em alta de 0,98 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA O Ibovespa subia 0,03 por cento, para 65.978 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 4 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS O índice dos principais ADRs brasileiros caía 0,88 por cento, a 34.628 pontos.

JUROS O DI janeiro de 2014 estava em 9,730 por cento ao ano, ante 9,750 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3342 dólar, ante 1,3465 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 132,938 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,247 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS O risco Brasil caía 8 pontos, para 193 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 5 pontos, a 330 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones caía 0,09 por cento, a 12.992 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 0,15 por cento, a 1.370 pontos, e o Nasdaq perdia 0,25 por cento, aos 2.979 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava baixa de 0,89 dólar, ou 0,84 por cento, a 105,66 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 1,9878 por cento, frente a 1.941 por cento no fechamento anterior.

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São Paulo - A cautela dava a tônica nas praças financeiras globais nesta quarta-feira, com investidores realizando lucros nas bolsas de valores após comentários do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke .

Em audiência no Congresso, ele disse que a taxa de desemprego não deverá recuar, a menos que o crescimento econômico acelere. Bernanke evitou, no entanto, sinalizar novas compras de títulos pelo Fed.

O mercado revertia os ganhos de mais cedo, quando uma injeção de liquidez maior que a esperada do Banco Central Europeu (BCE) e dados melhores que o estimado sobre o crescimento da economia norte-americana no quarto trimestre deflagraram um rali que ajudou a elevar os índices de ações em Nova York a máximas em vários anos.

No Brasil, o dólar chegou a subir mais de 1 por cento, após o Banco Central intervir duas vezes no mercado de câmbio para estancar a depreciação da moeda, que na véspera havia fechado abaixo do "piso informal" de 1,70 real pela primeira vez desde outubro do ano passado.

O BC vendeu 1,523 bilhão de dólares em leilão de swap cambial reverso -que funciona como uma compra de dólar no mercado futuro- e adquiriu moeda também no mercado à vista.

O BC vem comprando dólares mesmo em um ambiente de fluxo negativo. Houve déficit cambial de 1,269 bilhão de dólares na semana passada, período em que foram liquidados 150 milhões de dólares em aquisições do BC realizadas no mercado à vista.

A autoridade monetária divulgou também que o setor público brasileiro registrou superávit primário de 26,016 bilhões de reais em janeiro, o melhor resultado para esse mês desde o início da série histórica, em 2001.

O número favorecia a queda nos contratos de DI, com o mercado ainda repercutindo declarações feitas na véspera pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, sugerindo a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário.


No mercado de ações, o Ibovespa oscilava perto da estabilidade, pressionado pela fraqueza nos pregões em Nova York. As bolsas dos EUA eram afetadas por um movimento de realização de lucros, depois de os principais índices baterem máximas em vários anos.

O Nasdaq, por exemplo, chegou a superar os 3 mil pontos pela primeira vez desde dezembro de 2000. Mais cedo, dados mostrando crescimento acima do esperado na economia norte-americana chegaram a dar suporte aos mercados.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anualizada de 3 por cento, a maior desde o segundo trimestre de 2010, informou o Departamento de Comércio em sua segunda estimativa.

O bom humor inicial também foi amparado pela segunda operação de financiamento barato do BCE. Os bancos tomaram 530 bilhões de euros na oferta, aumentando as esperanças de que o crédito flua para empresas e os governos e beneficie a economia.

Veja como estavam os principais mercados financeiros às 15h27 desta quarta-feira:

CÂMBIO O dólar era cotado a 1,7149 real, em alta de 0,98 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA O Ibovespa subia 0,03 por cento, para 65.978 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 4 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS O índice dos principais ADRs brasileiros caía 0,88 por cento, a 34.628 pontos.

JUROS O DI janeiro de 2014 estava em 9,730 por cento ao ano, ante 9,750 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3342 dólar, ante 1,3465 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 132,938 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,247 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS O risco Brasil caía 8 pontos, para 193 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 5 pontos, a 330 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones caía 0,09 por cento, a 12.992 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 0,15 por cento, a 1.370 pontos, e o Nasdaq perdia 0,25 por cento, aos 2.979 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava baixa de 0,89 dólar, ou 0,84 por cento, a 105,66 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 1,9878 por cento, frente a 1.941 por cento no fechamento anterior.

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