Mercados

BB descarta emissão de ações em 2012 e 2013

Decisão é sinal de que as mudanças nas regras que regulam o capital bancário terão pouca capacidade de erodir sua solvência

A ação do banco subia pelo terceiro dia seguido nesta quarta-feira, com valorização de 2,4 por cento (Fernando Lemos/VEJA Rio)

A ação do banco subia pelo terceiro dia seguido nesta quarta-feira, com valorização de 2,4 por cento (Fernando Lemos/VEJA Rio)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 16h38.

São Paulo - O Banco do Brasil (BBAS3), maior banco do país, não tem planos para levantar capital por meio da venda de novas ações neste ano ou no próximo, um sinal de que as mudanças nas regras que regulam o capital bancário terão pouca capacidade de erodir sua solvência.

Mesmo após a esperada implementação de regras de capital bancário mais rígidas por reguladores este ano, o BB tem acesso suficiente a fundos e capital suficientes para sustentar suas operações atuais, disse o vice-presidente financeiro Ivan Monteiro, a investidores num conference call nesta quarta-feira.

A questão tem dificultado a performance da ação do banco nos últimos meses. Expectativas de uma venda de ações costumam desvalorizar os papéis de uma empresa devido a preocupações de que a transação diluirá os atuais acionistas. A ação do banco caiu 18 por cento no ano passado.

"Nós queremos restaurar a confiança e insistir que não temos intenção de acessar os mercados de ações com uma oferta, tanto em 2012 quanto em 2013", disse Monteiro. "Nossa posição de capital é confortável".

A ação do banco subia pelo terceiro dia seguido nesta quarta-feira, com valorização de 2,4 por cento, a 28,14 reais após os comentários de Monteiro. O papel, que teve alta de 11 por cento em 2012, atingiu o maior nível em pelo menos um ano.

"Em nossa opinião, essa é uma consideração muito bem-vinda e deve amenizar preocupações sobre necessidade de capital no Banco do Brasil, ajudando a melhorar o sentimento do mercado e diminuindo o risco de excesso de ações no mercado a curto e médio prazo", disse Roberto Attuch, diretor de pesquisa de ações na América Latina e analista-sênior de bancos no Barclays Capital, numa nota a clientes.

A proporção de solvência do capital do Banco do Brasil, a percentagem de equity para ativos pesada por diferentes níveis de risco, terminou o ano passado em 14 por cento, acima do mínimo do banco central de 11 por cento. Nesses níveis, o Banco do Brasil estima que poderia aumentar desembolsos de empréstimos em 156 bilhões de reais.

Incluindo uma oferta de bônus em janeiro como objetivo de aumentar o capital, a proporção de solvência do banco é de 14,3 por cento.

http://d3lvr7yuk4uaui.cloudfront.net/items/loaders/loader_1063.js?aoi=1311798366&pid=1063&zoneid=14729&cid=&rid=&ccid=&ip=http://d3lvr7yuk4uaui.cloudfront.net/items/loaders/loader_1063.js?aoi=1311798366&pid=1063&zoneid=14729&cid=&rid=&ccid=&ip=

Acompanhe tudo sobre:AçõesBancosBB – Banco do BrasilEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasMercado financeiroOfertas de ações

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado