Agência do Banco do Brasil: um quarto da nova unidade do banco está sendo vendida por US$ 2,39 bilhões, de acordo com fontes familiares com o assunto (Divulgação/Banco do Brasil)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 19h32.
O Banco do Brasil SA contratou sete bancos, depois de considerar 18 propostas, para liderar a emissão pública de ações de R$ 5 bilhões de sua unidade de seguros e previdência, de acordo com quatro pessoas a par do assunto.
O BB escolheu o JPMorgan Chase & Co., o Citigroup Inc., o Bradesco SA, o Banco Itaú BBA, o Grupo BTG Pactual, o Brasil Plural SA Banco Múltiplo e o próprio Banco do Brasil para liderarem a oferta, disseram as pessoas, que pediram para não ser identificadas porque a decisão ainda não é pública. Se acontecer, essa será o maior IPO, do inglês initial public offering, em três anos no País.
O Banco do Brasil, controlado pelo governo, está vendendo ao menos 25 por cento da nova unidade por cerca de US$ 2,39 bilhões, disseram as pessoas. O maior IPO antes desse foi o do Banco Santander Brasil SA, em julho de 2009, de US$ 7,55 bilhões. O banco aprovou a criação da nova divisão, BB Seguridade SA, ontem, segundo comunicado.
A BB Seguridade seria listada no Novo Mercado da BM&FBovespa, segundo comunicado do banco. O Novo Mercado dá mais direito aos acionistas e requer que as empresas tenham ao menos 25 por cento de seu capital negociado no mercado. A oferta será primária e secundária.
Associações com a Mapfre
O Banco do Brasil está procurando consolidar seus negócios de seguros e previdência em uma só companhia para reduzir custos, de acordo com o comunicado. A BB Seguridade controla as duas associações do BB com a Mapfre, sediada em Madri. O banco disse que planeja também crescer no negócio de corretagem de seguros dental e de saúde também.
A instituição espera que o IPO aconteça em algum momento do primeiro semestre do ano que vem, disse Alexandre Abreu, vice- presidente do banco de varejo do BB, em entrevista por telefone no dia 26 de novembro. O IPO vai mostrar o valor oculto do negócio de seguros e capitalizar a unidade, sem a necessidade de injeção de recursos do Banco do Brasil, disse Abreu.
O Banco do Brasil, Citigroup, JPMorgan, BTG Pactual, Bradesco, Itaú BBA e Plural não quiseram comentar, de acordo com seus assessores de imprensa.