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Barril de petróleo venezuelano cai e Maduro culpa EUA

Segundo presidente da Venezuela, a estratégia de desestabilizar o país e a Rússia seria para acabar com a revolução em andamento e tentar criar um colapso

Nicolás Maduro: segundo ele, a estratégia de desestabilizar o país e a Rússia seria para acabar com a revolução em andamento e tentar criar um colapso (Enrique De La Osa/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 22h43.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, informou que o preço de barril de petróleo extraído no país chegou nesta segunda-feira a US$ 48 e afirmou que os Estados Unidos são responsáveis pela queda, acusando-os de aplicar métodos que inundam o mercado com o objetivo de destruir a Rússia e a própria Venezuela.

Em um encontro realizado pelo governo com empresários do setor agrícola em Caracas, Maduro destacou a queda das cotações do barril do petróleo venezuelano desde setembro, quando valia US$ 95, uma redução de US$ 50 em comparação ao preço atual.

Maduro voltou a levantar, como tem feito nas últimas semanas, a existência de uma suposta "guerra planificada estrategicamente com o tempo para destruir a Rússia e também a Venezuela". Segundo ele, a ideia seria recolonizar o país sul-americano, acabar com a revolução em andamento e tentar criar um colapso econômico.

"O plano tem como base inundar o mercado petroleiro injetando petróleo produzido por um método de destruição natural dos Estados Unidos, o fracking", reiterou.

Segundo o presidente venezuelano, o próprio Barack Obama reconheceu recentemente que "tudo foi feito para quebrar o presidente (Vladimir) Putin e a Rússia".

Além disso, criticou o jornal americano "Financial Times" que apontou hoje que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) chegou ao fim. Para Maduro, a afirmativa é uma tentativa de alcançar um objetivo tentado pelos EUA há anos: destruir a Opep.

"Apesar da guerra financeira internacional contra a Venezuela, a queda dos preços do petróleo são uma grande oportunidade para que 2015 seja o ano da mudança no modelo econômico venezuelano", destacou o presidente.

Há dez dias, o preço do barril do petróleo extraído no país fechou em US$ 51,26, uma redução de US$ 6,27 em relação à cotação de US$ 57,53 do início do mês. A retração foi iniciada em setembro, quando o produto venezuelano, cotado na época a US$ 90,19, começou a despencar no mercado, acumulando uma queda de US$ 38,93 nas últimas 16 semanas.

A Venezuela, quinto maior exportador de petróleo do mundo, vende cerca de 2,5 milhões de barris por dia, a maior parte comprada pelos EUA e pela China. O petróleo é responsável por mais de 90% das divisas recebidas pela Venezuela e corresponde a metade do orçamento nacional.

A queda contínua gerou a redução de cerca de 35% dos ingressos de moeda estrangeira do país, cujo orçamento para o próximo ano foi calculado com um barril avaliado em US$ 60 dólares. O Executivo, agora, ordenou cortes na previsão. EFE

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Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, informou que o preço de barril de petróleo extraído no país chegou nesta segunda-feira a US$ 48 e afirmou que os Estados Unidos são responsáveis pela queda, acusando-os de aplicar métodos que inundam o mercado com o objetivo de destruir a Rússia e a própria Venezuela.

Em um encontro realizado pelo governo com empresários do setor agrícola em Caracas, Maduro destacou a queda das cotações do barril do petróleo venezuelano desde setembro, quando valia US$ 95, uma redução de US$ 50 em comparação ao preço atual.

Maduro voltou a levantar, como tem feito nas últimas semanas, a existência de uma suposta "guerra planificada estrategicamente com o tempo para destruir a Rússia e também a Venezuela". Segundo ele, a ideia seria recolonizar o país sul-americano, acabar com a revolução em andamento e tentar criar um colapso econômico.

"O plano tem como base inundar o mercado petroleiro injetando petróleo produzido por um método de destruição natural dos Estados Unidos, o fracking", reiterou.

Segundo o presidente venezuelano, o próprio Barack Obama reconheceu recentemente que "tudo foi feito para quebrar o presidente (Vladimir) Putin e a Rússia".

Além disso, criticou o jornal americano "Financial Times" que apontou hoje que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) chegou ao fim. Para Maduro, a afirmativa é uma tentativa de alcançar um objetivo tentado pelos EUA há anos: destruir a Opep.

"Apesar da guerra financeira internacional contra a Venezuela, a queda dos preços do petróleo são uma grande oportunidade para que 2015 seja o ano da mudança no modelo econômico venezuelano", destacou o presidente.

Há dez dias, o preço do barril do petróleo extraído no país fechou em US$ 51,26, uma redução de US$ 6,27 em relação à cotação de US$ 57,53 do início do mês. A retração foi iniciada em setembro, quando o produto venezuelano, cotado na época a US$ 90,19, começou a despencar no mercado, acumulando uma queda de US$ 38,93 nas últimas 16 semanas.

A Venezuela, quinto maior exportador de petróleo do mundo, vende cerca de 2,5 milhões de barris por dia, a maior parte comprada pelos EUA e pela China. O petróleo é responsável por mais de 90% das divisas recebidas pela Venezuela e corresponde a metade do orçamento nacional.

A queda contínua gerou a redução de cerca de 35% dos ingressos de moeda estrangeira do país, cujo orçamento para o próximo ano foi calculado com um barril avaliado em US$ 60 dólares. O Executivo, agora, ordenou cortes na previsão. EFE

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