B3 está focada em simplificar, por exemplo, o processo de abertura de capital das companhias (Germano Lüders/Exame Hoje)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de julho de 2019 às 15h01.
Última atualização em 5 de julho de 2019 às 15h01.
O número de investidores em bolsa no Brasil precisa ser dobrado de forma rápida, mediante o desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil, disse o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, que participa do evento da XP Investimentos. "Temos que educar o mercado e sensibilizar os reguladores que o País está começando um novo ciclo, de juros baixos", comentou. Em 2019, depois de anos patinando, o número de CPFs ativos na B3 superou um milhão.
A pauta da B3, segundo o executivo, está focada em simplificar, por exemplo, o processo de abertura de capital das companhias e que hoje a CVM tem olhado para esse assunto. "Temos uma agenda muito ativa", comentou.
Outro assunto na pauta da companhia é o trabalho para se retirar da regulação restrições para que algumas empresas possam abrir capital no Brasil. Essas empresas não podem fazer uma listagem local porque seus negócios estão no Brasil, mas a sede da companhia foi construída no exterior.
Finkelsztain disse ainda que hoje vê com otimismo o interesse dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil e que a atenção deles está focada hoje na entrega de reformas estruturais, como a da Previdência.
A B3 tem um pleito, junto à Comissão da Valores Mobiliários (CVM), para que caia a restrição que existe hoje para a aquisição de BDRs Nível 1 por pessoas físicas. "Não faz mais sentido ter essa restrição", disse Finkelsztain.
O executivo lembrou que recentemente a B3 liberou o investimentos de pessoas físicas nos BDRs por meio de fundos de investimento. Hoje a aquisição direta é permitida apenas para investidores qualificados, com investimentos acima de R$ 1 milhão.
Os Brazilian Depositary Receipts Patrocinados (BDR) são valores mobiliários emitidos no Brasil, que possuem como lastro ativos, geralmente ações, emitidos no exterior.