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Azul pode estrear na BM&FBovespa ainda neste ano

A companhia pode estrear a negociação de ações no pregão da BM&FBovespa ainda em 2014, segundo previsão

Azul Linhas Aéreas: empresa não menciona uma data específica (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 19h52.

São Paulo -A Azul retomou nesta segunda-feira seu plano de ter ações negociadas na bolsa, que pode acontecer ainda em 2014, e anunciou uma rota Campinas-Nova York para o ano que vem.

Em documentos entregues à Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos, e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a terceira maior empresa aérea do país informou que pretende listar ações preferenciais no nível 2 de governança corporativa da BM&FBovespa e ter recibos de ações (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York.

A operação consistirá de oferta primária (ações novas) e secundária (detidas por sócios) de papéis preferenciais. O Santander é o coordenador líder, ao lado de Itaú BBA, Morgan Stanley, Goldman Sachs e BB Investimentos. Deutsche Bank e Pine são coordenadores contratados.

Os recursos novos serão usados para a compra de jatos da Embraer e aeronaves ATRs, além de financiar investimentos em aumento do número de rotas e pagamento de dívidas.

A Azul também pretende adicionar 12 aeronaves de corredor duplo da Airbus à sua frota. As aeronaves serão usadas para voos para a Flórida já neste ano e para uma rota entre Campinas (SP) e Nova York, em meados de 2015.

Além disso, 30 jatos regionais de próxima geração da Embraer substituirão aviões de gerações mais antigas a partir de 2020. A Azul havia informado no final de semana que 63 aeronaves Airbus A320neo serão incorporadas a sua frota entre 2016 e 2023.

A empresa afirmou que também pode comprar hangares, instalações de armazenamento de combustível, armazéns e outras propriedades imobiliárias.

Sem mencionar data específica, a empresa indicou no prospecto preliminar da oferta que espera ter a estreia das ações na bolsa ainda em 2014, mas ressalvou que as datas "são indicativas e estão sujeitas a alterações".

Esta é a terceira tentativa da companhia de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Nas duas primeiras, uma no ano passado e outra mais cedo neste ano, os planos foram suspensos devido ao cenário adverso do mercado de capitais.

Como a oferta consiste apenas de ações preferenciais, o controle votante da empresa será mantido após a oferta, ou seja, com o sócio fundador David Neeleman conservando 67 por cento das ações ordinárias, com o restante dividido entre as famílias Caprioli e Chieppe, da Trip, que foi comprada pela Azul.

A companhia tem apostado em crescimento acelerado por meio de apostas simultâneas no mercado brasileiro de aviação regional, menos exploradas por suas principais concorrentes Gol e TAM, da LAN, e com abertura de rotas internacionais para destinos mais procurados nos Estados Unidos.

No prospecto, a Azul informou que teve receita líquida de 4,2 bilhões de reais nos primeiros nove meses de 2014 e prejuízo líquido de 63,2 milhões de reais no período.

No documento, a empresa também revelou ter cindido numa unidade separada seu programa de fidelidade TudoAzul, que possui mais de quatro milhões de sócios. O programa compete com a Smiles, da Gol, e a Multiplus.

*Atualizada às 20h52 do dia 01/12/2014

São Paulo – Pelo quinto ano consecutivo, o setor aéreo no país fechou no vermelho, segundo anuário de 2013 divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta semana. O prejuízo do período, embora menor na comparação com 2012, totalizou 2,4 bilhões de reais.  Segundo a Anac, o menor crescimento da economia, alta do preço do barril de petróleo e a valorização do dólar frente ao real impactaram o setor.  A TAM apresentou a maior perda do período, sozinha a companhia somou prejuízo de 1,6 bilhão de reais.  Veja, a seguir, os números das 5 maiores aéreas do país referentes a 2013, segundo a Anac:
  • 2. TAM

    2 /7(Wikimedia Commons)

  • Veja também

    Faturamento com voo: R$ 13,2 bilhões
    Variação com relação a 2012: 9%
    Prejuízo: R$ 1,6 bilhão
    Variação com relação a 2012: 23,07%
    Despesas: R$ 9,4 bilhões
  • 3. GOL

    3 /7(Wikicommons)

  • Faturamento com voo: R$ 8,7 bilhões
    Variação com relação a 2012: 22,8%
    Prejuízo: R$ 709, 7 milhões
    Variação com relação a 2012: -45,46%
    Despesas: R$ 5,5 bilhões
  • 4. Azul

    4 /7(Divulgação)

    Faturamento com voo: R$ 3,7 bilhões
    Variação com relação a 2012: 48,3%
    Lucro: R$ 136,4 milhões
    Variação com relação a 2012*: Não se aplica
    Despesas: R$ 515 milhões
    *Companhia somou prejuízo de R$ 143,7 milhões no período
  • 5. Avianca Brasil

    5 /7(Wikicommons)

    Faturamento com voo: R$ 1,7 bilhão
    Variação com relação a 2012: 36,1%
    Prejuízo: R$ 36,5 milhões
    Variação com relação a 2012: -65,72%
    Despesas: R$ 491 milhões
  • 6. Trip

    6 /7(Divulgação)

    Faturamento com voo: R$ 1,4 bilhão
    Variação com relação a 2012: 30,5%
    Prejuízo: R$ 73,3 milhões
    Variação com relação a 2012: -69,07%
    Despesas: R$ 426 milhões
  • 7. Agora, veja 50 carros mais vendidos até setembro no Brasil

    7 /7(Justin Sullivan/Getty Images)

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